Funcionários da Sanepar protestam por pagamento de participação nos lucros


De acordo com o sindicato da categoria, 500 pessoas participam da manifestação, em frente à sede da empresa, no bairro Rebouças. Benefício reivindicado é referente ao ano de 2008

Funcionários da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) realizam uma manifestação desde as 8 horas desta segunda-feira (5), em frente à sede da empresa, na Rua Engenheiros Rebouças, em Curitiba, para pressionar a companhia a fazer o pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) referente a 2008. De acordo com o Sindicato das Empresas de Saneamento (Saemac), cerca de 500 pessoas participam do ato, que deve durar o dia todo.

O presidente da Saemac, Gerti José Nunes, garante que a mobilização dos trabalhadores desta segunda não acarretará prejuízos nas atividades da empresa. “Estamos mantendo funcionários em serviço para que não haja prejuízos à população”, diz. Em todo o Paraná, a Sanepar tem cerca de 6,3 mil empregados, dos quais dois mil atuam em Curitiba.

Segundo Nunes, o objetivo do protesto é mostrar a indignação dos trabalhadores após a estatal anunciar que não pagaria neste ano os valores referentes ao PPR, que é pago desde 1997. De acordo com o sindicato, a alegação da empresa para a retirada do pagamento foi uma dívida de R$ 774 milhões com o governo do estado. A lei estadual veta o benefício quando a empresa tem débitos com o governo.

De acordo com cálculos do sindicato, quase R$ 10 milhões deveriam ser distribuídos para os trabalhadores por meio do PPR referente ao ano de 2008. Em Curitiba, os trabalhadores ficarão concentrados em frente à sede da empresa até o fim da tarde para exigir uma resposta da estatal diante da indignação dos empregados.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sanepar, mas foi informada que nenhum dirigente da companhia estaria disponível para comentar o assunto até o fim da manhã. A estatal afirmou que não há indicativo de greve dos trabalhadores e que as atividades da empresa seguem normalmente.

Fonte: Jornal de Londrina