Depois de 15 dias com os braços cruzados, os bancários de Londrina aceitaram proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e encerraram a greve após assembleia realizada na noite de ontem. Durante este período, permaneceram fechadas 57 agências e aproximadamente 1,2 mil funcionários ficaram sem trabalhar. Algumas agências abriram as portas já ontem porque havia entendimento entre os funcionários de aceitação das propostas.

A Fenaban propôs reajuste de 6%, o que representa um aumento real de 1,5%, a inflação entre 1º de setembro de 2008 e 31 de agosto de 2009 foi de 4,44%. De acordo com o sindicato da categoria, a federação havia proposto anteriormente reajuste de 4,5%, o que foi rejeitado pelos bancários. A proposta ainda garante a ampliação da licença-maternidade para seis meses, entre outros benefícios.

“Foi um movimento forte. Sempre tivemos média de 70% dos trabalhadores parados”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina, Wanderley Crivellari. No dia 29 de setembro, os bancos Itaú, Bradesco e Unibanco abriram as portas por força de um interdito. Neste caso, os grevistas estavam proibidos pela Justiça de fazer piquetes em frente às agências e, por causa disso, alguns funcionários voltaram ao trabalho.

As 200 pessoas presentes na assembleia dos bancários ontem à noite ratificaram por unanimidade a posição da manhã que sinalizava o encerramento a greve. “De manhã havia um indicativo, que foi ratificado na assembleia”, explicou o secretário geral do sindicato, Marcos Neves. Segundo ele, todos os bancos privados e o Banco do Brasil voltam ao trabalho. A Caixa Econômica Federal (CEF) permanece em greve porque não recebeu uma proposta.

Na reunião entre os trabalhadores e patrões, ficou acordado que os dias parados deverão ser repostos até 15 de dezembro. “Vamos repor com horas extras e os dias não compensados serão abonados”, disse Neves. A compensação, entretanto, será limitada a duas horas por dia e não pode ser feita em fins de semana nem feriado.

Fonte: Jornal de Londrina