Greve do Serpro chega ao 13º dia e não há nova reunião marcada entre as partes


De acordo com a Fenadados, sete mil servidores aderiram ao movimento em todo país – o que corresponde a 64%. No Paraná aproximadamente 500 dos 750 colaboradores estão em greve

A greve dos servidores do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) chegou ao 13º dia nesta terça-feira (3) e não houve avanço nas negociações entre a empresa e os trabalhadores. De acordo com a Fenadados (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamentos de Dados, Serviços de Informática e Similares), sete mil servidores aderiram ao movimento em todo país – o que corresponde a 64% do total. No Paraná aproximadamente 500 dos 750 colaboradores estão em greve.

A paralisação afeta, principalmente, o atendimento na Receita Federal, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (Sindipd-PR). O pagamento dos servidores federais, a emissão de passaportes, entre outros serviços, também podem ser afetados. Os serviços não estão paralisados, pois são considerados essenciais. Porém, há possibilidade de ocorrer atrasos, por causa do número reduzido de trabalhadores.

De acordo com o diretor do Sindipd-PR, Júlio César Justi, os colaboradores esperam uma contraproposta da empresa àquela que foi apresentada na última reunião entre as partes (em 27 de outubro). Na ocasião os servidores reivindicaram reajuste salarial de 8% e abono salarial de E$ 2 mil. Anteriormente, o aumento pedido era de 8,5% e o abono era de R$ 3 mil; e o governo federal ofereceu reajuste de 5,3% e abono salarial de mil reais. “Esperamos uma resposta da Serpro à proposta dos trabalhadores. Queremos dar continuidade ao acordo salarial”, afirmou Justi.

Dessa forma, líderes sindicais de todo o país se reunirão nesta quarta-feira (4), em Brasília, para analisar o movimento e tentar pressionar a empresa para que apresente nova proposta e marque uma nova reunião.

Dataprev

Com relação à Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social), os trabalhadores farão assembléia na próxima sexta-feira (6) para deliberarem sobre a proposta da empresa que foi apresentada na sexta-feira passada (29). A greve está suspensa desde 257 de outubro, isso porque a empresa ingressou no TST com pedido de dissídio coletivo.

Na última sexta-feira empresa manteve o oferecimento de reajuste de 5,53%, mas acatou a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para o pagamento de abono salarial de R$ 1,5 mil – anteriormente oferecia abono de mil reais. Além disso, a Dataprev continuou propondo acordo salarial para dois anos. Os trabalhadores querem que a questão seja discutida anualmente. De acordo com o Sindipd-PR, os colaboradores consideraram a proposta ruim.

Se não houver acordo, acontecerá uma nova reunião entre as partes no TST no dia 13 de novembro. E se as partes não chegarem a um consenso na nova reunião no Tribunal, a greve poderá ser retomada no dia 13.

Fonte: Jornal de Londrina