Servidores da Celepar rejeitam proposta e mantêm greve


A paralisação atinge 80% dos trabalhadores da empresa. Segundo o sindicato da categoria, o efetivo pode manter o funcionamento dos sistemas de serviços essenciais como polícia e hospitais

Os servidores da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) rejeitaram, no final da tarde desta segunda-feira (9), a proposta da empresa para por fim a greve iniciada no dia 4. A paralisação atinge 80% dos trabalhadores da Celepar, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (Sindpd-PR).
 
Pela manhã, representantes da categoria e da empresa se reuniram com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para discutir uma solução. De acordo com Carlos Gustavo de Andrade, diretor do Sindpd-PR, a empresa apresentou como proposta um cronograma para discutir as reivindicações da categoria. “Os trabalhadores não acreditam mais nas promessas da empresa, querem ações concretas”, afirmou. Segundo a Celepar, o plano de cargos e salários – uma das principais motivações da greve - tem sido discutido, porém, como envolve questões financeiras, o estudo de viabilidade ainda está sendo feito pela empresa, pela Secretaria de Estado da Administração e pela Secretaria de Estado de Finanças. A empresa afirmou que está aberta para negociações e que não havia motivo para greve.

Os servidores afirmaram que a empresa descumpriu o acordo coletivo. De acordo com o Sindipd-PR, a Celepar reduziu benefícios (como o auxílio-creche e o auxílio-educação); não definiu como será feita a compensação das horas acumuladas no banco de horas; e não prosseguiu com as negociações para o estabelecimento do plano de cargos e salários e nem do programa de participação dos lucros.

A adesão nesta segunda-feira era de cerca de 80%, segundo o sindicato. O número de servidores trabalhando, segundo Andrade, é suficiente para manter funcionando os sistemas de órgãos essenciais como a polícia e dos hospitais. “Se eles remanejarem o pessoal que está trabalhando para as áreas é possível manter. Mas temos informação já foi afetada a emissão de carteiras de identidade, a emissão de IPVA e de multas”, disse Andrade.

Fonte: Jornal de Londrina