A presidente do Sinait, Rosângela Rassi, explica que o ato é uma forma de exigir do Judiciário punição aos culpados pelos crimes cometidos, além de pedir reforço na segurança dos fiscais do trabalho. “Estamos aqui para exigir o julgamento dos mandantes dos crimes em UnaÃ. Eles são coronéis do século 21 e têm usado do poder para retardar os processos. Pela falta de segurança com os auditores fiscais do trabalho, desde o crime em 2004, o estado de Minas Gerais não é autuado.”
A exigência da retomada dos processos é também o desejo dos parentes das vÃtimas, como o caso de Reginir Lages, viúva do auditor João Batista. A falta de punição para ela traz um sentimento de vergonha sobre a credibilidade da Justiça brasileira e de indignação a toda a famÃlia.
“A falta de impunidade deixa um sentimento de impotência. Meus filhos e eu nos sentimos prisioneiros. Só que vive os bastidores de uma dor, pode entender o que digo.”
Os auditores se reúnem hoje com o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro César Astolfo Rocha, para pedir a retomada dos processos sobre as mortes em UnaÃ.
A manifestação é um dos desdobramentos da Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Todos os estados brasileiros organizarão eventos que abordam o assunto.
Fonte: Agência Brasil