Guardas Municipais iniciam vigília para cobrar reposições salariais


Representantes da categoria acampam em frente à Prefeitura e já cogitam greve. Prefeitura garante que vai cumprir cronograma e se reunir com guardas no dia 15

Guardas municipais de Curitiba iniciaram, nesta segunda-feira (1º), uma manifestação para pressionar o prefeito Beto Richa a acatar a pauta de reivindicações apresentada pela categoria em novembro do ano passado. O principal item diz respeito à reposição salarial de 15% e a do aumento do piso salarial de R$ 710 para R$ 1.300.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), representantes da categoria permanecerão acampados, 24 horas por dia, em frente à Prefeitura até serem recebidos pelo prefeito. O órgão cogita a realização de greve caso itens que consideram “imprescindíveis” não sejam atendidos. A Prefeitura classifica o movimento de “extemporâneo” e “político”, já que o cronograma de negociações, que prevê a realização de uma audiência no dia 15 de fevereiro, estaria sendo cumprido.

As negociações entre a Guarda Municipal e a Prefeitura começaram no início de novembro do ano passado. A pauta de reivindicações da categoria foi definida em assembleia geral realizada no dia 2 de dezembro e contempla, além das reposições salariais e da fixação do novo piso, pontos como a concessão de auxílio-alimentação no valor de R$ 10, ampliação do auxílio transporte, definição de um novo plano de carreira e de cargos e salários, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais e interrupção da terceirização dos serviços do setor, com a abertura de concurso público para novas contratações.

Cumprindo o cronograma

A Prefeitura de Curitiba não reconhece a vigília como uma manifestação dos guardas municipais e, sim, como uma articulação do Sismuc. Para a assessoria de imprensa da Prefeitura, não há registro de guardas municipais participando da ação, apenas representantes do sindicato, que estariam “capitalizando” a negociação. A Prefeitura afirma manter um bom “diálogo” com a categoria e não precisar de “intermediários” para chegar a um acordo.

Segundo informações da assessoria de imprensa, a Prefeitura pretende cumprir o cronograma de negociação com a categoria e pretende receber representantes legítimos dos guardas municipais no dia 15 de fevereiro. O órgão ressalta que há estudos em andamento para avaliar a viabilidade do atendimento das questões que constam da pauta de reivindicações.

Fonte: Jornal de Londrina