Vigilantes recusam proposta patronal e mantêm greve


Categoria reivindica aumento real de 10%, mas contra-proposta foi de reajuste de 0,5%. Uma nova audiência será realizada na quarta-feira (3)

Responsáveis pelo transporte de valores no Paraná, os vigilantes recusaram a proposta apresentada por empresas do setor, em audiência realizada na tarde desta terça-feira (2), no Tribunal Regional do Trabalho. No final desta tarde, em assembleia, a categoria deliberou por continuar a greve por tempo indeterminado. Na manhã de quarta-feira (3), as partes voltam a se reunir em audiência de conciliação, também no Tribunal, para tentar fechar um acordo para o dissídio coletivo.

Os vigilantes reivindicam aumento salarial real de 10%, mais reposições pelo INPC, além de R$ 15 de vale-alimentação, pagamento dos dias parados, criação de piso para tesouraria no valor de R$ 800 e redução do prazo da compensação de horas extras.

As empresas de transporte de valores ofereceram uma contra-proposta de reajuste de 0,5%, mais correções pelo INPC (o que equivale a 4,59% sobre os vencimentos); vale-alimentação de R$ 14,70 para aqueles que recebem R$ 13,73 e de R$ 11,68 para os que recebem R$ 10,92; piso salarial para tesouraria no valor de R$ 680; e redução do prazo para compensação de horas extras trabalhadas, de 90 para 60 dias.

Para o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana (Sindivigilantes), a oferta das empresas está muito aquém do reivindicado pela categoria, por isso os vigilantes decidiram pela continuidade da greve.

O Sindivigilantes informa que a paralisação conta com a adesão de 100% da categoria e apenas os funcionários das áreas administrativas estão trabalhando. Com a greve, permanece suspenso o abastecimento de dinheiro nos bancos e caixas eletrônicos do Paraná. Por dia, os vigilantes transportam cerca de R$ 50 milhões em todo o Estado e, a exemplo que ocorreu em anos anteriores, é possível que falte dinheiro nos caixas eletrônicos se a greve se prolongar. Cerca de 2,4 mil trabalhadores estão ligados ao sindicato no Paraná.

A Gazeta do Povo tentou entrar contato pelo celular com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Valores do Estado do Paraná, Gerson Benedito Pires, que representa as empresas do setor, mas não conseguiu localizá-lo.

Fonte: Jornal de Londrina