Redução da jornada de trabalho aumenta produtividade, diz Dieese, custo mas temem empresas


Sindicalistas começaram o trabalho de corpo a corpo com parlamentares para uma Aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduz a jornada máxima de trabalho para 40 horas semanais e aumenta dos atuais 50% para 75% a remuneração da hora-extra no aeroporto de Brasília na manhã de ontem (2).

A mobilização Continuou na tarde no Salão Verde dos Deputados da Câmara. Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves Juruna, a intenção é fazer uma vigília ", e até dormir no Congresso se preciso", para conseguir que uma PEC entre na agenda de votação neste semestre. A proposta foi aprovada em comissão especial da Câmara em junho do ano passado.

De acordo com Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), "Reduções de jornada vêm Acompanhadas de aumento de produtividade". Além disso, uma redução de 4 horas da jornada Gerar pode Semanal 2 milhões de empregos, estima o diretor.

Carlos Alberto Santos, diretor de Finanças e Administração do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), reconhece que se houver aumento de produtividade o aumento de gastos com horas extras ou com o número de empregados será compensado.

Ele pondera, no entanto, que "essa linha de argumentação só é verdadeira para uma produção física e tangível. Para o Comércio e Serviços fica muito complicado. Nesses setores uma presença do empregado é um dado muito importante. Com a redução, as lojas vão fechar mais cedo ou vão pagar hora-extra? ". O diretor do Sebrae acha difícil que o consumidor aceite o repasse do aumento de custos ou mude seus horários de compra.

O diretor-tesoureiro da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Laércio Oliveira, crítico e mais. "Isso é uma proposta política e eleitoreira, e vai de encontro ao crescimento no país. Vai aumentar o desemprego ea informalidade ", disse Oliveira considera que uma proposta" um retrocesso "eo momento de discussão" impróprio ".

Clemente Ganz Lúcio, do Dieese, discorda e aponta o atual cenário de crescimento econômico como ideal para que uma proposta seja absorvida economicamente. Além disso, "as empresas passaram nos últimos anos por processos de reestruturação produtiva e estão ajustadas".

O diretor técnico do Departamento Sindical, avalia que uma Redução da Jornada é justa porque "tem efeito distributivo dos ganhos de produtividade de 1988, quando uma jornada de trabalho semanal caiu de 48 horas para 44 horas".

Ao efeito redistributivo, Ganz Lúcio acrescenta que desde quando houve uma Redução da jornada, os trabalhadores passaram um tempo mais gastar para se deslocar até o trabalho que e uma Necessidade atual de reciclagem permanente para o trabalho exige que os Assalariados tenham maior disponibilidade de tempo para fazer novos cursos de formação e atualização.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), uma jornada de trabalho semanal não poderia ser Brasil de 37 horas. A eventual Redução da Jornada alcançará, no entanto, apenas uma metade da mão-de-obra empregada, carteira assinada e que tem vínculo formal.
 
Fonte: Agência Brasil