Quatro equipes de agentes de endemias que atuam na zona Norte de Londrina paralisaram os serviços nesta manhã de sexta-feira (5). Segundo a agente Regina Lúcia da Silva, o motivo do protesto é o valor do salário recebido referente ao mês de janeiro: R$ 472,00. “Esse valor não corresponde ao atual salário mínimo (R$ 510,00) e é ilegal receber abaixo deste valor. A nossa data-base de reajuste é novembro, mas não houve nenhum aumento. Estamos protestando e esperamos uma resposta da Secretaria da Saúde”, afirmou.

De acordo com Regina, 20 profissionais, que são terceirizados e responsáveis pelo combate à dengue, não trabalharão nesta sexta. Com isso, mais de 40 residências deixarão de ser visitadas. A agente revelou que os manifestantes já receberam ameaçam, que partiram da secretaria municipal, pela realização do protesto. “Já recebemos ameaças que vamos ser punidos, teremos o dia descontado e receberemos uma advertência. As ameaças foram feitas por uma funcionária da secretaria. Já com a empresa que nos contratou não conseguimos nem fazer contato”, disse.

A agente informou que no período da tarde os agentes terão uma reunião na Secretaria de Saúde e o trabalho deverá ser retomado a partir da segunda-feira (8). A reportagem entrou em contato com o diretor da Vigilância Sanitária, João Martins de Souza, que se disse surpreso com a paralisação. “Não fui avisado com antecedência desse protesto. Vou tentar conversar com eles e no período da tarde posso dar uma posição de como ficará a situação”, afirmou.

Nova campanha

Na quinta-feira (4), Bedrossian lançou uma nova campanha de intensificação ao combate do mosquito Aedes Aegypti, que transmite a dengue, que será realizada nos dia de carnaval. Londrina já registrou, neste ano, 19 casos da doença.

Fonte: Jornal de Londrina