Com carros-fortes nas ruas, empresas retiram proposta e greve continua


Para sindicato de vigilantes, empregadores querem a greve e que o impasse seja resolvido somente com o julgamento do dissídio coletivo

Após uma ampla rodada de negociações – iniciada às 10 e finalizada às 18 horas – funcionários responsáveis pelo transporte de valores no Paraná e os empresários do setor não chegaram a um acordo e a greve continua, mesmo enfraquecida. Com os carros-fortes fazendo novamente o abastecimento das agências bancárias e caixas eletrônicos, as empresas retiraram a proposta de reajuste que havia apresentado aos trabalhadores, que era de aumento salarial de 1%, mais correções pelo INPC, além de vale-alimentação no valor de R$ 15.

O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana (Sindivigilantes) reconheceu o enfraquecimento da greve e, apesar de continuar com a paralisação, baixou suas reivindicações. Agora, os trabalhadores pedem reajuste nos salários de 1,14% , mais correções pelo INPC, e vale alimentação de R$ 15. A plataforma é bem mais modesta que os 8% de reajusta, mais INPC, defendidos no início da greve.

“Parece que os empresários querem que a greve continue. Nós vamos manter a paralisação, mas sabemos que a greve está sendo ruim para todas as partes”, disse o presidente do Sindivigilantes, João Soares. Sem um acordo entre empresários e trabalhadores, o caso só será resolvido em tribunal, com o julgamento do dissídio coletivo. “É justamente o que eles (os empresários) querem”, avaliou Soares. Apesar disso, a expectativa do sindicato é de que na terça-feira (9), uma nova rodada de negociações seja realizada.

Abastecimento

No sábado (6), os carros-fortes das transportadoras de valores voltaram às ruas, após a vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão, determinar que duas empresas - Prosegur Brasil S.A. e Brink's Transporte de Valores - que haviam fechado acordo com seus funcionários voltassem a abastecer as agências. A desembargadora também determinou que o Sindivigilantes liberasse 40% dos funcionários das outras duas empresas - Proforte S.A. e Transbank S.A. para voltarem ao trabalho.

Na segunda-feira, as agências continuaram a ser abastecidas e, embora o serviço ainda não tenha sido 100% restabelecido, a escassez de cédulas já foi minimizada. De acordo com a assessoria de imprensa do Banco do Brasil, houve uma melhora considerável em relação à semana passada e a previsão é de que a situação se normalize a partir de quarta-feira (10).

Fonte: Jornal de Londrina