Policiais Civis de Londrina aprovam paralisação por tempo indeterminado


Categoria pede melhoria estrutural e também de salários. A data para o início da greve ainda não foi definida

Os policiais civis de Londrina aprovaram nesta quarta-feira (10) uma paralisação para reivindicar melhorias trabalhistas e de salário. A assembleia encerrada por volta das 20 horas na sede do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol) aprovou o estado de greve, mas ainda não foi definida a data do início da greve. Segundo o presidente do Sindipol, Ademilson Alves Batista, o dia e a hora para o início da paralisação será definida em conjunto com os sindicatos de Curitiba, que também já aprovou a greve e Maringá, que define em assembleia nesta quinta-feira (11).

Conforme Batista, a provável data do início da paralisação será logo após o carnaval. Segundo ele, os policiais optaram por esperar o feriado para evitar problemas de segurança. “Mas acredito que logo depois nós já paramos”. Ainda conforme ele, caso o governo do Paraná, acene com alguma proposta, os policiais podem adiar a paralisação até o início do mês de março.

Entre as reivindicações, os policiais pedem que o afetivo em todo Paraná seja dobrado e passe de 3,2 mil policiais para 6,4 mil. Ainda conforme o presidente do Sindipol, em Londrina o total de policiais é de 130 e muitos deles estão em atividades burocráticas. “Em Londrina também precisa dobrar, porque desse total, muitos não são operacionais. Nós não revelamos os números específicos por critérios de segurança, mas a situação é bem delicada”, disse. A falta de efetivo também se revela na estrutura precária da polícia civil Batista lembrou que faltam em Londrina equipes de investigação e o número de delegacias não cresce em razão da falta de policiais. “Não temos delegacia de homicídios, não há equipes para melhorar as delegacias que tem e o acúmulo de trabalho é muito grande deixando policiais estressados”, explicou.

Os policiais também voltam a reivindicar a implantação de Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) exclusivo para o setor e equiparação salarial do salário base com outras carreiras do governo do estado que possuem terceiro grau completo.

Conforme Batista, os policiais militares recebem em torno de R$ 4 mil quando já possuem graduação universitária. Os policiais civis recebem R$ 1,9 mil. “Tudo isso já nos foi prometido e até hoje não se cumpriu. O governador (Roberto Requião) prometeu PCCS para o policial em 2005, mas ficou tudo no papel”.

Fonte: Jornal de Londrina