Sindicatos querem impedir que Requião divulgue salários e nomes de servidores


Funcionários do setor elétrico conquistaram na Justiça direito de não figurar na lista. Para as entidades, relação viola a intimidade e a segurança dos trabalhadores

Pelo menos 6 ações foram movidas, desde o início de feveiro, na Justiça do Trabalho por sindicatos de trabalhadores que prestam serviços ao Governo do Estado. O objetivo é que o governador Roberto Requião retire do portal do Governo a relação nominal de todos os servidores do estado com os respectivos salários, disponilizada desde o dia 1º de fevereiro. Os sindicatos alegam que, ao atrelar o nome dos funcionários aos salários, o Governo do Estado viola a intimidade e segurança dos trabalhadores.

Na quinta-feira (11), o desembargador Ronald J. Moro, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), acatou pedido de liminar movido por sindicatos de funcionários do setor elétrico, proibindo que os nomes e os salários dos funcionários da Companhia Elétrica do Paraná (Copel) sejam divulgados. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Eletricitários do Paraná (Sindelpar), a lista de Requião coloca em risco a segurança dos trabalhadores. A relação de funcionários da Copel – que tem cerca de 8,5 mil nomes – não chegou a integrar a lista divulgada no portal do Governo do Estado.

O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) também ingressou com uma ação pedindo que a lista seja retirada do ar em um prazo de 24 horas. No entendimento da entidade a divulgação dos dados afronta os direitos constitucionais da segurança e da intimidade dos trabalhadores. O sindicato aponta ainda que a divulgação dos salários – sem a referência dos nomes dos servidores – já seria suficiente para garantir a transparência, aventada por Requião.

A ação do Senge-PR ainda não fui julgada pela justiça e a entidade pretende ingressar com ações cíveis na próxima semana. Com liminar conseguida pelos sindicatos dos eletricitários, a expectativa é de que outras categorias também consigam excluir seus sindicalizados da lista.

Fonte: Jornal de Londrina