Servidores anunciam volta ao trabalho em Foz do Iguaçu


Apesar do retorno, funcionários pretendem cumprir 30 horas semanais, diferentemente do que determina decreto municipal

Em assembleia realizada no início da tarde desta quarta-feira (17) os servidores da Saúde de Foz do Iguaçu , no Oeste do estado, que estavam em greve decidiram suspender a paralisação e voltar ao trabalho. Apesar da deliberação, os funcionários permanecem em estado de greve e afirmam que podem retomar a paralisação a qualquer momento. A greve foi iniciada no dia 08 de fevereiro, com o objetivo de reverter um decreto municipal que obriga os servidores a cumprirem jornada semanal de 40 horas, como determina o edital.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi), os funcionários da Saúde voltarão ao trabalho, mas continuarão a cumprir 30 horas semanais, como já vinham fazendo antes do decreto. Os servidores querem novas rodadas de negociações com a Secretaria de Saúde, para pôr fim ao impasse.

Informado pela reportagem do fim da paralisação, o secretário de Saúde, Luiz Fernando Zarpelon se mostrou aberto ao diálogo com os grevistas. Segundo ele, cerca de 80% dos servidores municipais já estão cumprindo jornada semanal de 40 horas e é impossível que a Prefeitura reveja o decreto.

“Temos que equacionar os interesses da população, dos servidores e do gestor. Mas o gestor, que é a Prefeitura, tem que tomar suas decisões com base na lei. Nesse aspecto, é impossível que os funcionários voltem a trabalhar 30 horas por semana. Além do que, essa carga horária traria um ônus ao município”, disse o secretário.

Horários

Os servidores alegam que, apesar de o edital de concurso determinar as 40 horas semanais de trabalho, há mais de 20 anos os funcionários cumprem carga semanal de 30 horas. Segundo o Sismufi, no início do ano, os servidores da Saúde se dividiam em dois turnos, em cada unidade, cumprindo jornadas diárias de 6 horas. Com isso, o primeiro grupo atendia a população das 7 às 13 horas, e o segundo turno cumpria expediente das 13 às 19 horas. Com a ampliação da jornada semanal para 40 horas, haveria apenas um turno e o atendimento à população seria feito das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, com as unidades permanecendo fechadas nos horários de almoço. A Secretaria alega que não há demanda nesses intervalos.

Com a greve, duas unidades de saúde chegaram a ser fechadas e houve transtornos no atendimento. Nos últimos dias, no entanto, a situação já estava normalizada, segundo a Secretaria de Saúde.

Fonte: Jornal de Londrina