Paralisação estava programada para começar à zero hora de sábado. Governo alegou que greve “colocaria em risco a segurança da população”. Sindicato dos Policiais de Londrina vai recorrer da decisão judicial
O presidente do Sindicato da PolÃcia Civil de Londrina (Sindipol), Ademilson Alves Batista, considerou a medida como uma forma “autoritária” do governo tratar a questão da segurança pública. Ele disse que os policiais cumpriram a determinação judicial, porém uma assembleia, no fim da tarde desta sexta-feira, será realizada para discutir os novos rumos do movimento. “Já estamos programando novas ações, como operação padrão e manifestações no Calçadão Central, para continuarmos mostrando para a sociedade os problemas enfrentados pelos policiais. Vamos continuar cobrando o governo que mostrou com essa atitude não estar se importando e não tem o interesse de fazer uma polÃtica de segurança pública melhor”, afirmou.
Entre as reivindicações, os policiais pedem que o efetivo de todo o Paraná dobre de 3,2 mil para 6,4 mil agentes. Segundo Batista, a falta de policiais causa dificuldade no trabalho de investigação, deficiências estruturais na PolÃcia Civil e também gera sobrecarga para os que estão trabalhando. Os policiais também voltam a reivindicar a implantação de Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), promessa de campanha do governador Roberto Requião em 2005, exclusivo para o setor e equiparação salarial do salário base com outras carreiras do governo do estado que possuem terceiro grau completo. Conforme o sindicalista, os policiais militares recebem em torno de R$ 4 mil quando já possuem graduação universitária. Os policiais civis recebem R$ 1,9 mil.
Batista informou que o departamento jurÃdico do sindicato já está analisando a liminar que proÃbe o inÃcio da greve para recorrer da decisão. “Essa é uma manifestação justa e assim que revertermos a decisão paralisaremos os trabalhos”, afirmou.
Fonte: Jornal de Londrina