Segundo sindicato, mais de 13 mil pessoas estão detidas em delegacias paranaenses. Categoria quer a retirada dos detentos das unidades da PolÃcia Civil
No principal ponto da notificação a Delazari, o Sinclapol denuncia as condições das delegacias paranaenses e pede ao secretário a retirada imediata dos presos das unidades da PolÃcia Civil. De acordo com o ofÃcio, mais de 13 mil presos encontram-se, hoje, encarcerados em delegacias, muitos dos quais já teriam sido condenados e, por isso, deveriam cumprir suas penas em penitenciárias. “As obrigações de guardar e zelar tais custodiados pelos servidores policiais civis não encontram respaldo legal no Estatuto da PolÃcia Civil”, consta do documento.
O ofÃcio denuncia ainda que esta população carcerária está ilegalmente detida nas unidades da PolÃcia Civil e em desacordo com a Lei de Execuções Penais. “O problema das carceragens não é nosso. Vamos apenas cumprir o que determina a legislação”, disse Gutierrez, que acrescentou que o desvio de função tem impedido que os policiais civis cumpram as atividades para as quais foram designados.
Reivindicações e greve
Os policiais civis reivindicam a implantação de um plano de carreira, prevista no Decreto 5.721, de 2005, que trata do plano de modernização da polÃcia. De acordo com o Sinclapol, a categoria está há mais de oito anos sem aumento real. Outra bandeira de luta dos policiais é a melhoria das condições de trabalho, dobrando o efetivo da corporação, que hoje é de aproximadamente 3,2 mil policiais.
O sindicato vai ingressar com agravo de instrumento para suspender os efeitos da liminar que proibiu a greve. O prazo para a apresentação do recurso é de 10 dias, contados a partir da liminar.
Fonte: Jornal de Londrina