Prefeitura ofertou aumento salarial de 8%, mas categoria não abre mão de piso de R$ 1,3 mil, além de gratificação por riscos
“Avaliamos que a proposta oferecida é ruim. Estamos abertos ao diálogo, mas nessas condições não é possÃvel fechar acordo. A do fim da greve está nas mãos da Prefeitura”, disse a secretária de assuntos jurÃdicos do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues.
A Prefeitura argumenta que a proposta oferecida, somada à gratificação por risco que a categoria recebe, chegaria aos R$ 1,3 mil reivindicados pelos guardas municipais. O sindicato, no entanto, aponta que os trabalhadores querem piso-salarial de R$ 1,3 mil, mais a gratificação. “Já perdemos quatro companheiros no exercÃcio da profissão. Entendemos que computar a gratificação nesta conta é injusto. Lutamos pelo reajuste do piso, além da gratificação, que é direito da categoria”, defendeu Irene.
A proposta anterior era de reajuste de 6%, além de benefÃcios no plano de carreira dos guardas municipais. A Prefeitura já considerava a oferta como uma “boa proposta” e adequada à s possibilidades orçamentárias do municÃpio.
Manifestações
O Sismuc informou que os guardas municipais vão manter as manifestações, na quarta-feira (24). A partir das 8 horas, os grevistas devem promover um apitaço na Praça Tiradentes, partindo para outras ruas do Centro. O objetivo, segundo o sindicato, é denunciar à população o fracasso das negociações com a prefeitura e a continuidade da greve.
Nesta terça, os guardas fizeram uma passeata, com faixas, cartazes e carro de som. De acordo com o sindicato, 900 guardas municipais participaram da manifestação e a adesão chega a 70% da categoria, mantendo o efetivo de 30% nos trabalhos, de acordo com o que determina a lei. A Prefeitura, no entanto, aponta que 80% dos guardas não se apresentaram em seus postos de trabalho. Com isso, foram registrados problemas em razão bairros Bairro Novo, Pinheirinho e Santa Felicidade.
De acordo com a Prefeitura, sem a segurança dos guardas, 16 Armazéns da FamÃlia não abriram suas portas nesta terça. Escolas municipais e unidades de saúde também ficaram sem vigilância.
Na Justiça
Na sexta-feira (19), o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública, Roger VinÃcius Pires de Camargo Oliveira, havia proibido a greve dos guardas municipais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil ao sindicato. O Sismuc recorreu da decisão, mas ainda não houve resposta quando ao recurso.
Fonte: Jornal de Londrina