Problemas serão resolvidos em 120 dias, promete secretário de Gestão Pública


O secretário municipal de Gestão Pública, Marco Cito, promete resolver todos os problemas referentes à medicina ocupacional em até 120 dias. Ele deverá encaminhar amanhã para apreciação do prefeito Barbosa Neto (PDT) o regimento e o decreto transformando o setor de medicina ocupacional do Município em diretoria. Se o Prefeito assinar, a medida passa a valer assim que for publicada no Jornal Oficial.

“Vamos nomear um diretor, haverá um imóvel próprio e vamos contratar pessoas. Queremos devolver a esse setor o estatus de diretoria”, disse o secretário. Ele não quis adiantar quem deverá ser nomeado diretor, embora já tenha definido o nome. Cito acredita que após a criação da diretoria, em um prazo de 30 a 40 dias a parte estrutural deva estar concluída. Mas para reduzir ou acabar com o déficit de pessoal e eliminar a fila de servidores à espera de perícia será necessário mais tempo. “Em 120 dias não vamos conseguir zerar os mil servidores que estão na fila.

Para isso vamos fazer convênio com alguma instituição para realizar mutirões”, afirmou o secretário.

Ele reconheceu que a falta de um acompanhamento mais atento dos absenteísmos, segurança do trabalho e outras questões relativas ao bem-estar do funcionalismo podem ter sido a causa da quantidade elevada de afastamentos registrada no ano passado não só na Secretaria de Saúde, mas em todos os órgãos da administração municipal. “Infelizmente, acredito que o número [de afastamentos] não seria tão alto. Quando se tem um gerente acompanhando de perto todas essas questões, é evidente que se consegue reduzir os afastamentos, ausência e rotatividade”, declarou. Cito admitiu também que, em caso de servidores mal-intencionados, uma fila com mais de mil pessoas à espera de perícia médica poderia ser um estímulo às faltas ao trabalho.

Na administração direta, a quantidade de afastamentos por atestado também foram elevadas em 2009. Segundo a diretoria de Gestão da Informação Funcional da Secretaria Municipal de Gestão Pública, 252 servidores faltaram ao trabalho diariamente entre janeiro e dezembro do ano passado, alegando problemas de saúde. A administração direta conta com 4,3 mil funcionários.

Para o secretário de Gestão Pública, o que acontece atualmente em Londrina no setor da medicina ocupacional é reflexo de uma política que durante muito tempo não priorizou a questão humana. “A questão da produtividade passa pelas pessoas.” O prejuízo gerado pelo que chama de descaso, observou, pode ser mensurado na falta ou demora no atendimento nos órgãos públicos municipais. “Não há como calcular o prejuízo financeiro, mas ele é sentido pela população no dia-a-dia. Nossa meta para este ano é reduzir os afastamentos do trabalho.” (Simoni Saris)

Fonte: Jornal de Londrina