Servidores do Ministério do Trabalho paralisam as atividades por 48 horas


Manifestação nacional será realizada na quinta e na sexta. Protesto afetará emissão de carteiras de trabalho, prejudicando ainda mais os trabalhadores que já aguardam até 20 dias para a emissão do documento

Os servidores administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de Londrina paralisarão os trabalho na quinta (18) e sexta-feira (19) em adesão a manifestação nacional que suspenderá os atendimentos ao público por 48 horas. O protesto afetará a emissão de carteiras de trabalho. Diariamente, a Delegacia Regional do Trabalho emite aproximadamente 100 documentos.

Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Previdência, Saúde, Trabalho e Ação Social no Paraná (Sindprevs), Ruy João dos Santos, a medida foi tomada depois que o governo federal interrompeu as negociações com a categoria, que pede a criação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Pelo mesma reivindicação, os servidores ficaram 40 dias de greve no final do ano passado.

“Aceitamos interromper o movimento, pois o governo se propôs a negociar. No entanto, no dia 8 de março, quando os representantes do Ministério do Planejamento deveriam apresentar a proposta, eles simplesmente afirmaram que não tinham nada para oferecer. Isso foi um absurdo e gerou revolta da categoria”, disse.

O representante do sindicato também não descartou a retomada da greve, a partir do dia 6 de abril, caso o governo federal não retome as negociações. “Infelizmente, não temos outro caminho a tomar. O Plano de Carreira é necessário para que os nossos salários sejam equiparados aos de outros servidores públicos federais. Atualmente, o nosso rendimento é o menor de todo o executivo”, afirmou Santos.

Além do PCCS, os trabalhadores também reivindicam dois turnos de seis horas para manter jornada de trabalho com 12 horas de atendimento, além de convocação dos aprovados no último concurso. “Nossa pauta de negociação foi entregue ao Ministério do Planejamento em fevereiro de 2009 e até agora não avançou. Nossos salários estão tão abaixo dos demais, que muitos candidatos aprovados no último concurso já pediram demissão”, disse.

Carteira demorada

Reportagem do Paraná TV mostrou que a emissão das carteiras de trabalho em Londrina está um caos. A delegacia que já emitiu mais de 5 mil documentos mensais, atualmente não passa de 3 mil. Um novo sistema de informática e o baixo número de funcionários têm aumentado o tempo de emissão, que pode chegar a 20 dias.

Como Londrina centraliza o atendimento de 108 municípios, a situação se agrava, com o tempo médio de espera de três meses.

Fonte: Jornal de Londrina