Durante parte da manhã, os manifestantes, cerca de 250 na estimativa da PolÃcia Militar (PM), bloquearam a entrada do CCBB. Alguns estudantes tentaram ultrapassar o cordão de segurança, mas recuaram com a ação da tropa de choque da PM, que usou cassetetes para conter o avanço da manifestação.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de BrasÃlia (Sintfub), Cosmo Balbino, disse que a intenção do movimento era pacÃfica e que houve precipitação de alguns manifestantes. “Não era para isso acontecer, estávamos negociando a entrada pacÃfica de todos.”
Após a confusão, representantes do Sintfub, da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) entraram no CCBB, solicitaram uma audiência com o presidente e protocolaram a “carta aberta dos professores da UnB ao Presidente da República”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passa todo o dia de hoje (25) em São Paulo.
Os professores protestam para assegurar o pagamento da Unidade de Referência de Preços (URP), cujo corte foi determinado pelo Ministério do Planejamento no ano passado, que representa cerca de 26,05% dos salários de professores e técnicos. Cerca de 6 mil servidores recebem hoje a URP, de acordo com dados da UnB
O presidente da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), Flávio Botelho, disse que a decisão de pedir a audiência com o presidente Lula só ocorreu após tentativa frustrada de formar uma mesa de negociação com o Ministério do Planejamento.
“Temos contato com o Ministério do Planejamento, mas até o momento esperamos que ele anunciasse uma mesa de negociação entre os trabalhadores administrativos, os estudantes, e os professores na luta pela autonomia”, disse.
Botelho explicou que a decisão sobre o pagamento da URP aguarda determinação judicial. No entendimento dos professores, enquanto não houver essa decisão, o pagamento deve ser mantido.
No inÃcio da tarde, após negociações, os professores concordaram em desmobilizar a manifestação. Os docentes seguiram para a Rodoviária do Plano Piloto, onde iriam distribuir bananas - uma crÃtica ao que eles consideram banalização do ensino.
Fonte: Agência Brasil