Professores e servidores da UnB fazem manifestação no CCBB e pedem audiência com Lula


Professores e servidores da Universidade de Brasília (UnB) que estão em greve desde o dia 9 de março fizeram hoje (25) uma manifestação na entrada do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência da República. Por mais de uma vez houve início de tumulto entre os manifestantes que tentaram forçar a entrada e policiais.

Durante parte da manhã, os manifestantes, cerca de 250 na estimativa da Polícia Militar (PM), bloquearam a entrada do CCBB. Alguns estudantes tentaram ultrapassar o cordão de segurança, mas recuaram com a ação da tropa de choque da PM, que usou cassetetes para conter o avanço da manifestação.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Cosmo Balbino, disse que a intenção do movimento era pacífica e que houve precipitação de alguns manifestantes. “Não era para isso acontecer, estávamos negociando a entrada pacífica de todos.”

Após a confusão, representantes do Sintfub, da Associação dos  Docentes da UnB (ADUnB) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) entraram no CCBB, solicitaram uma audiência com o presidente e protocolaram a “carta aberta dos professores da UnB ao Presidente da República”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passa todo o dia de hoje (25) em São Paulo.

Os professores protestam para assegurar o pagamento da Unidade de Referência de Preços (URP), cujo corte foi determinado pelo Ministério do Planejamento no ano passado, que representa cerca de 26,05% dos salários de professores e técnicos. Cerca de 6 mil servidores recebem hoje a URP, de acordo com dados da UnB

O presidente da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), Flávio Botelho, disse que a decisão de pedir a audiência com o presidente Lula só ocorreu após tentativa frustrada de formar uma mesa de negociação com o Ministério do Planejamento.

“Temos contato com o Ministério do Planejamento, mas até o momento esperamos que ele anunciasse uma mesa de negociação entre os trabalhadores administrativos, os estudantes, e os professores na luta pela autonomia”, disse.

Botelho explicou que a decisão sobre o pagamento da URP aguarda determinação judicial. No entendimento dos professores, enquanto não houver essa decisão, o pagamento deve ser mantido.

No início da tarde, após negociações, os professores concordaram em desmobilizar a manifestação. Os docentes seguiram para a Rodoviária do Plano Piloto, onde iriam distribuir bananas - uma crítica ao que eles consideram banalização do ensino.

Fonte: Agência Brasil