A categoria argumenta que a redução da jornada vai permitir a qualificação dos profissionais e a implementação de uma assistência à saúde com mais qualidade.
“O número de doenças por conta da jornada excessiva tem provocado uma baixa muito grande de profissionais, que são acometidos por doenças do trabalho e estresse ocupacional”, disse o conselheiro do Conselho Federal de Enfermagem, Antônio Marcos Gomes.
Ele lembrou que, na maioria dos estados, a saúde pública já conta com a regulamentação da jornada de 30 horas semanais. A resistência, segundo ele, é no setor privado.
“Não há interesse em qualificar os serviços prestados. O setor trabalha com a comercialização da saúde, em que o lucro é mais importante que a qualidade”, comentou.
Antônio Marcos lembrou que a reivindicação não onera o setor e não tem relação com outra luta da categoria: o piso salarial.
“A nossa luta hoje é exclusivamente pela fixação da jornada em 30 horas, para permitir uma qualidade de vida melhor”, comentou.
Os manifestantes ficaram no gramado em frente ao Congresso Nacional. À tarde se reuniram com deputados e lideranças partidárias para pressionar pela votação do projeto.
Fonte: Agência Brasil