Grevistas ignoram presença do ministro do Trabalho em Londrina


Sindicato dos servidores do MTE, que estão em greve desde o dia 6 de abril, não realizaram nenhuma manifestação durante a visita de Carlos Lupi a cidade. Para a entidade, o ministro “não está apoiando o movimento”

O Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs), que representa os servidores do Ministério do Trabalho (MTE), em greve desde o dia 6 de abril, não realizará nenhuma manifestação durante a visita do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, à Londrina, na manhã desta sexta-feira (16). Para a entidade, o ministro “não está apoiando o movimento”.

Segundo o diretor do Sindprevs, Ruy João dos Santos, em Londrina os servidores da delegacia do Trabalho não aderiram à paralisação. Com o movimento enfraquecido na cidade, a visita do ministro perde importância para a categoria. Ele ainda ressaltou que Lupi “jogou a toalha” em relação a negociação. “Antes o ministro estava do nosso lado, agora ele não está fazendo nada. Deixou tudo a cargo do Ministério do Planejamento. Com esta atitude, resolvemos deixar o ministro de lado também”, afirmou.

Adesões

De acordo com Santos, em outras cidades a adesão dos servidores é de 100%. Delegacias de cidades como Foz do Iguaçu, Oeste do estado, Ponta Grossa, Campos Gerais, estão totalmente paralisadas. Para ele, o movimento está ganhando força. “A partir de segunda-feira (19), todos os funcionários de Maringá vão paralisar os serviços. Lá estávamos com apenas 50% de adesão e conseguimos que todos aderissem à greve”, declarou.

Reivindicações

O sindicato afirma que as negociações com o governo federal foram iniciadas em 20 de fevereiro do ano passado. No final do ano passado, a categoria só interrompeu a greve, porque o Ministério do Planejamento teria se comprometido a apresentar uma nova proposta à categoria. Desde então, houve cinco reuniões, mas o governo não atendeu às reivindicações dos servidores do MTE.

Os trabalhadores do Ministério reivindicam a criação de um plano de carreira específico e independente de outros órgãos. Atualmente, a categoria está atrelada aos servidores da Seguridade Social, que engloba ainda funcionários da Saúde, Funasa e Previdência. O sindicato alega que os servidores do MTE têm o menor salário do serviço público do país.

A categoria pede ainda jornada de trabalho com atendimento de 12 horas, em dois turnos de 6 horas e que as gratificações sejam imediatamente incorporadas aos salários. Além de melhores condições de trabalho, com a melhoria dos prédios onde as unidades do Ministério estão sediadas, e paridade de reajuste entre ativos e aposentados.

Fonte: Jornal de Londrina