Trabalhadores das estações de tratamento e esgoto da Sanepar aprovam indicativo de greve


Se não houver acordo com a Sanepar, a greve começará na segunda-feira (3)

Trabalhadores das estações de tratamento e esgoto da Sanepar de Curitiba e região metropolitana (RMC) aprovaram indicativo de greve nesta quinta-feira (29). A assembleia ocorreu em frente à sede da empresa, no bairro Rebouças, em Curitiba. A medida foi aprovada por 130 dos 200 servidores da Sanepar. Se não houver acordo com a empresa, a greve começará à 0 hora da segunda-feira (3).

Mesmo com a paralisação, 30% dos colaboradores continuarão trabalhando por se tratar de um serviço essencial. De acordo com o presidente do Sindicato dos Químicos no estado do Paraná (Siquim), Elton Evandro Marafigo, poderá haver “rodízio” entre os trabalhadores, para que não haja comprometimento na qualidade da água que chegará às casas dos curitibanos e dos moradores da RMC. Os colaboradores das estações de tratamento são filiados a duas entidades trabalhistas: o Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento (Saemac) reúne os trabalhadores de nível médio, já os funcionários de nível superior e técnico fazem parte do Sindicato dos Químicos no estado do Paraná (Siquim).

Uma das principais reivindicações é a alteração da escala de trabalho. Atualmente, são cinco dias de trabalho e um de folga. E os trabalhadores querem que sejam seis dias de trabalho e quatro dias de folga.

A categoria pede adicional de 40% pelo trabalho nos fins de semana, feriados e no turno noturno. Além disso, segundo Marafigo, os colaboradores da Sanepar cumprem turnos de seis horas “corridas” e fazem as refeições no local, pois não é possível parar para fazer intervalo. Sendo assim, os sindicatos querem compensação financeira para isso.

A categoria reclamou ainda da redução da carga horária de oito para seis horas diárias. “Houve redução drástica nos salários dos trabalhadores por causa dessa redução das horas", afirmou Marafigo. No entanto, os dois sindicatos não querem que haja pagamento de hora extra dessas duas horas. O pedido é para que as horas sejam acumuladas e revertidas em folgas.

O salário médio de um colaborador de nível médio desse setor é R$ 800. Os técnicos recebem R$ 1,4 mil, já o salário dos funcionários com nível superior é de aproximadamente R$ 2, 6 mil.

A Sanepar informou que não tinha sido comunicada oficialmente sobre a greve e não iria se manifestar. De acordo com assessoria de imprensa da empresa, uma nota oficial sobre a paralisação deve ser divulgada na tarde desta quinta-feira (29).

Fonte: Jornal de Londrina