A Prefeitura assinou Termo de Convênio com o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano (Idesh), de Alagoas, declarado vencedor do chamamento público para contratar a instituição responsável pelo programa federal Projovem em Londrina, do Ministério do Trabalho. O Idesh ficou em primeiro lugar no processo de escolha pública e propôs qualificar profissionalmente 2 mil jovens por R$ 3,1 milhões.

A Fundação de Ensino Tecnológico de Londrina (Funtel) também concorreu no processo. Ofereceu R$ 2,7 milhões pelo projeto completo, mas ficou em segundo porque, segundo a comissão de licitação da Prefeitura, o Idesh apresentou uma proposta financeira mais completa, obtendo vantagem na pontuação em relação à Funtel nos quesitos de escolha.

O programa federal selecionará jovens entre 18 e 29 anos, com renda de até um salário mínimo por pessoa, que estejam desempregados, mas matriculados no ensino médio ou fundamental. Durante seis meses, os alunos recebem bolsa de R$ 100 mensais por um cartão do programa. Devem se inserir em atividades com foco no ensino profissionalizante nas áreas de administração, comunicação e marketing, construção e reparos, telemática, turismo e alimentação. Os jovens participam das aulas durante seis meses e recebem kits com materiais, apostilas e uniformes, além do transporte.

A expectativa do Idesh é que as inscrições para o projeto comecem em junho – e as aulas no mesmo mês. Segundo a instituição, em breve uma ficha estará disponível para preenchimento no site da Prefeitura, que deve ser entregue com documentos em locais a serem estabelecidos pelo Município. O curso será ministrado em 70 salas de aula espalhadas por todas as regiões de Londrina, em escolas, centros comunitários e associações.

“Nossa instituição tem a experiência necessária para fazer o programa dar certo em Londrina”, garante Daniel Mendonça, diretor de qualificação profissional do Idesh. O Idesh já atua no Projovem na Bahia, onde treina 5 mil jovens, e em Alagoas mantém convênio com o Ministério dos Esportes para 13 mil jovens. Chegou a ser questionado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo convênio de R$ 6,7 milhões obtido sem licitação com a Prefeitura de Salvador, mas nunca foi acusado formalmente na Justiça por nenhuma irregularidade. “O problema foi mais com a Prefeitura de Salvador do que com a gente. O Idesh está regular e apto para fazer o programa em Londrina”, atestou Mendonça.

O secretário de Gestão Pública Marco Cito afirmou que desconhece o histórico do instituto e que, por enquanto, não há óbices na contratação da entidade. A fase de inscrições para o Projovem será divulgada publicamente, nos principais meios de comunicação da cidade.

Fonte: Jornal de Londrina