Um terço do pessoal da Saúde é contratado do Ciap


O secretário municipal de Saúde, Edson de Souza disse ontem na Câmara de Vereadores que a Prefeitura de Londrina é “dependente” do Centro Integrado e Apoio Profissional (Ciap) para atender as demandas do setor. De acordo com o secretário, dos cerca de 3.200 funcionários que atuam no setor, 1.077 são contratados pelo Ciap, que é investigado pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal, sob a suspeita de desviar recursos públicos. O Ciap mantém quatro contratos com a Prefeitura de Londrina, cujo valor total é de R$ 47 milhões. O maior deles é o Programa Saúde da Família (PSF), estimado em R$ 33 milhões.

Conforme Souza, essa “dependência” impediria o rompimento imediato dos contratos. “Não temos condições de romper o contrato unilateralmente”, admitiu.

Segundo o secretário, a Prefeitura tem feito a fiscalização dos contratos, já que o valor total seria de R$ 2,6 milhões por mês, mas em abril, o Município pagou R$ 2,3 milhões à Oscip. No caso do PSF, por exemplo, o teto é de R$ 1,409 milhão, mas a Prefeitura pagou R$ 1,3 milhão. “Não estamos pagando o contrato cheio. Há fiscalização nos contratos”, assegurou.

Já no caso da diferença entre o pagamento feito pela Prefeitura para o Ciap e para a Santa Casa, no caso do PSF, Souza não soube identificar a causa. Em março do ano passado, último mês do PSF com a Santa Casa, a Prefeitura pagou R$ 931 mil, para um programa que contratava 736 profissionais. Em abril deste ano, ao Ciap, a Prefeitura pagou R$ 1,3 milhão para um contrato que envolve 602 profissionais. “Hoje o PSF inclui outros dois programas: internação domiciliar e PSF indígena. É um contrato com outros serviços”, justificou. Ele não soube, no entanto, precisar se o contrato com a Santa Casa também contava com esses serviços.

Fonte: Jornal de Londrina