Carteiros de Londrina cruzam os braços por melhores condições de trabalho


Segundo o sindicato da categoria, a paralisação está concentrada na Central de Distribuição, onde atinge 80% dos profissionais. Correios afirmam que apenas 22 dos 220 carteiros aderiram ao movimento, o que não deve prejudicar as entregas

Aproximadamente 80% dos 60 carteiros da Central de Distribuição dos Correios de Londrina cruzaram os braços na manhã desta quarta-feira (26). A paralisação de 24 horas faz parte de um movimento nacional da categoria por melhores condições de trabalho. Segundo o sindicato, em outras unidades de distribuição a adesão ainda é pequena. Em todo o Paraná, há aproximadamente 6,3 mil servidores.

De acordo com o sindicalista Cícero da Silva, o ato é uma forma de chamar a atenção da sociedade e das autoridades para os problemas enfrentados pelos carteiros. Ele afirma que a paralisação também atinge, na região de Londrina, as cidades de Cambé, Rolândia e Apucarana.

Segundo ele, é necessária a contratação de novos profissionais. “Queremos a realização de um concurso que já foi aprovado, mas ainda não realizado."

"Também reivindicamos melhores condições de trabalho, pois faltam quase todos os materiais necessários para o nosso trabalho”. Silva cita como exemplo a falta de caixas para acondicionar as correspondências, o que dificulta o manuseio das cartas e aumenta o tempo de entrega das correspondências.

Outra reivindicação dos funcionários é um repasse maior da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que é paga para trabalhadores que atuam em atividades operacionais (carteiros, atendentes e operadores de transbordo e triagem). O sindicato alega que a empresa quer pagar R$ 800 para os carteiros, enquanto alguns diretores receberiam mais de R$ 40 mil. A categoria quer um PDL de R$ 2 mil.

Prejuízo na zona oeste

Segundo o gerente do Centro de Tratamento de Correspondências e Encomendas (CTCE), Antônio Gonçalves Ribeiro, apenas 22 dos 220 carteiros de Londrina aderiram à paralisação. Ele informou que o movimento atingirá principalmente a zona oeste da cidade, uma vez que mais profissionais que atendem esta região estão parados. “No restante do município, o prejuízo não será significativo e as entregas deverão ocorrer normalmente.”

Fonte: Jornal de Londrina