O Paraná vai às ruas pela moralização na Assembleia Legislativa


“O Paraná Que Queremos” reuniu milhares de pessoas em pelo menos 15 cidades do Paraná. Dar um basta à corrupção que infesta a Assembleia Legislativa. Essa foi a mensagem dos paranaenses aos deputados estaduais federais e senadores na noite de terça-feita, 8 de junho. Capitaneado pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Paraná, o movimento ‘O Paraná que Queremos” tomou as ruas de diversas cidades do Estado, reunindo lideranças sindicais, estudantis e movimentos sociais. As mobilizações começaram  com o Placar da Corrupção  inaugurado pela UGT-PARANÁ no final de maio em Curitiba. Esse mesmo placar pode ser visto pelos milhares de curitibanos, londrinenses e cascavelenses, e registra a posição dos parlamentares a favor ou contra a destituição da mesa diretora da ALEP.
Na mobilização dessa terça, em Curitiba, na Boca Maldita, que reuniu mais de 10.000 pessoas, o dirigente licenciado da UGT-PARANÁ Solomar Rockembach lembrou em seu discurso que a união dos movimentos estudantis, da UGT e dos movimentos populares acordou os paranaenses para os escândalos denunciados na Assembleia Legislativa. “A história brasileira mostra o exemplo de força quando estudantes e trabalhadores se unem pela democracia”, disse Solomar.
Desde que surgiram as primeiras denúncias de corrupção na Assembleia Legislativa, a UGT-PARANÁ foi a primeira central sindical a cobrar dos deputados atitudes coerentes com seus mandatos. “É inadmissível que pessoas eleitas pelo povo se comportem de forma omissa e distantes dos interesses dos trabalhadores”, diz o secretário nacional de Formação Política da UGT, Paulo Rossi, que também estava presente no evento.
A mobilização nas cidades paranaenses lembrou momentos históricos da política nacional como a campanha das Diretas Já, e do impeachment de Collor, lembrou Solomar. “Essa é a resposta do povo paranaense  que vê o dinheiro público sendo roubado, desviado por verdadeiras quadrilhas infiltradas nos diversos escalões e órgãos da Assembleia Legislativa”, enfatizou o sindicalista Solomar Rockembach.
A UGT-PARANÁ exige o imediato afastamento da mesa diretora da Assembleia Legislativa; a prisão de todos os envolvidos nos crimes já apurados pelo Ministério Público, Polícia Federa e Receita Federal; a abertura de uma CPI na Assembleia para apurar os nomes dos deputados envolvidos; e o confisco de todos os bens dos envolvidos nos crimes.
 
Fsonte: UGT