Londrina tem médias de 5,7 e 4,1 no Ideb


Os anos iniciais do ensino fundamental na cidade bateram as metas previstas para 2013. E os anos finais superaram a previsão para 2009

O desempenho escolar na rede pública de Londrina, medido pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado ontem, cresceu em 2009, acompanhando a tendência verificada no Paraná que ficou entre os melhores do País. Nas séries iniciais do ensino fundamental (de 1ª a 4ª séries), responsabilidade do Município, o Ideb geral de Londrina ficou em 5,7, um crescimento de 0,3 pontos em relação ao índice anterior, de 2007. Nas séries finais (de 5ª a 8ª séries), de responsabilidade do Estado, o crescimento foi de 0,2 pontos, passando de 3,9 em 2007 para 4,1 em 2009. Mesmo assim, Londrina continua atrás de outros municípios do Estado, que vem registrando índices melhores (veja tabela nesta página).

O Ideb, elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação, é a somatória dos indicadores educacionais que tem o objetivo de avaliar a qualidade educacional no país. O índice reúne o resultado das notas da Prova Brasil, as taxas de aprovação de cada escola e de evasão escolar. A Prova Brasil é universal para todas as escolas públicas do ensino fundamental e inclui avaliação das disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. Criado em 2007, o Ideb permite traçar metas de qualidade para as escolas.

Pelos números divulgados, os anos iniciais do ensino fundamental de Londrina bateram as metas previstas para 2013. E os anos finais superaram a previsão de 2009, que era de 3,9. Maringá, no entanto, apresentou um índice de 5,8 (+0,6 ponto em relação a 2007) nas séries iniciais e de 4,3, (+0,1 ponto em relação a 2007) nas séries finais. Apucarana registrou 6,0 (+0,5 ponto em relação a 2007) nas séries iniciais e 4,3 (+0,4 pontos em relação a 2007) nas finais. Foz do Iguaçu registrou Ideb ainda maior nas séries iniciais, 6,2, com um salto de 1,4 ponto em relação a 2007; e crescimento de 0,2 nas séries finais (passando de 3,7 em 2007 para 3,9, em 2009).

Entre as 86 escolas municipais de Londrina, quatro conseguiram notas acima de 7: escolas municipais Norman Prochet (7,5); Moacy C. Martins (7,2), Carlos Dietz (7,1) e Newton Guimarães (7). Já a Escola Olavo G. Ferreira Silva ficou com o menor índice: 3.

A secretária municipal de Educação, Karin Sabec Viana, não quis comentar os números do Ideb. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, ela teria recebido os números apenas no final da tarde e não teve tempo hábil para analisá-los. Segundo a assessoria, Karin Sabec falará sobre o assunto hoje.

Escolas da rede estadual têm índices menores

As escolas estaduais de Londrina, responsáveis pelas séries finais – de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental - apresentaram Ideb menores que as municipais. A maior nota, nesta categoria, foi para a Escola Estadual José A. Aragão, o Colégio Aplicação, que ficou com 5,7. Já a Escola Estadual Eucaliptos recebeu a menor nota entre as 75 escolas estaduais da cidade - 1,4.

Para a coordenadora pedagógica do Núcleo Regional de Educação de Londrina (NRE), Rosana Lopes, de modo geral, os 19 municípios que compõe o NRE tiveram um excelente desempenho na avaliação. Segundo ela, do total de 127 escolas estaduais da região, apenas 8 tiveram Ideb abaixo de 3. “Do total, 69 escolas tiveram notas iguais ou superiores à projetada e apenas 9 não conseguiram alcançar a projeção”, disse.

De acordo com a coordenadora, a Escola Estadual Eucaliptos foi uma das quatro da região que regrediram. “Ela tinha um Ideb de 2,4 em 2007 e projeção de alcançar 3. Infelizmente, além de não alcançar a projeção, a nota caiu”, lamentou. O fato aconteceu porque a escola está inserida em uma região com altos índices de violência e de evasão escolar.

Rosana Lopes faz questão de destacar que várias escolas estaduais, localizadas em bairros de Londrina, conseguiram crescer além da projeção. “As escolas do centro da cidade tiveram um bom crescimento, mas os maiores aconteceram em unidades da periferia”, afirmou. Foi o caso da Escola Estadual Dea Alvarenga, cujo Ideb pulou de 3,8, em 2007, para 5,2 em 2009. “Não é o maior Ideb da cidade, mas está entre os maiores crescimentos - 1,6 ponto. A escola alcançou a projeção estimada para 2019”, explicou.

Segundo a coordenadora, o Estado já vem dando uma atenção especial as escolas com menores Ideb. “Hoje, temos um olhar mais atento para 35 escolas consideradas ‘frágeis’. Destas, 23 melhoraram muito o rendimento. As outras são um sinal que o trabalho que vem sendo feito não está obtendo 100% de êxito”, afirmou.

Fonte: Jornal de Londrina