1,2 mil trabalhadores da construção civil entram em greve


Profissionais cruzaram os braços por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Sindicatos dos empregados e dos patrões terão uma reunião para regularizar a situação

Os 1,2 mil profissionais da construção civil que trabalham no Residencial Vista Bela, zona norte de Londrina, paralisaram os serviços na nesta manhã de segunda-feira (9). O protesto é pela falta do reajuste salarial e a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria. Os trabalhadores pedem um aumento de 12% e melhorias nas condições de trabalho.

No local, estão sendo construídas 2.056 casas, que devem ser entregues em dezembro deste ano; e 656 apartamentos divididos em 41 blocos residenciais, a previsão de entrega destes imóveis é para junho de 2011. Um consórcio de três empresas é o responsável pelas obras. As residências fazem parte do programa federal Minha Casa, Minha Vida.

O tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, José Aparecido Martins, afirmou que houve um mal entendido dos trabalhadores. Segundo ele, o acordo com finalizado na última sexta-feira (6), mas não foi assinado. Com isso, os trabalhadores não receberam o reajuste salarial depositado no final de semana.

A data base da categoria é junho, mas o sindicato de patrões e empregados estão discutindo um novo acordo desde o mês de maio. Para Martins, a demora em se chegar a um acordo “é considerada normal”.

Durante o protesto, os trabalhadores questionarem a falta de equipamentos de segurança. “Precisamos de dois uniformes, não temos técnicos de segurança do trabalho. Faltam óculos protetores, botas e equipamentos especiais para trabalharmos em grandes alturas”, declarou o carpinteiro Jailson Nazário.

Um dos responsáveis pelo consórcio de empresas, Rodrigo Faria Dias, negou qualquer tipo de irregularidade no canteiro de obras ou falta de equipamentos. “Não faltam equipamentos, o que há é um pouco de relaxo dos trabalhadores”, afirmou.

Os sindicatos dos empregados e dos trabalhadores terão uma reunião no início desta tarde para tentar regularizar a situação.

Fonte: Jornal de Londrina