Funcionários do Ciap podem iniciar greve no fim de semana


Os 1,1 mil terceirizados deram prazo até sexta (13) para o depósito do salário atraso. Eles atendem no Samu, agente de endemias, Policlínica e PSF. Eles prometem um protesto nesta tarde na Concha Acústica

Os funcionários terceirizados do Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), que atuam na área de saúde de Londrina, deram um prazo até sexta-feira (13) para que o pagamento dos salários seja regularizado. Se isso não ocorrer, os trabalhadores podem iniciar uma greve. Desde a última sexta-feira (6), os 1,1 mil terceirizados estão sem receber os salários.

Na manhã desta quarta-feira (11), representantes dos funcionários, da Câmara de Vereadores e da Prefeitura de Londrina estiveram reunidos com um juiz do Trabalho, na Câmara, para discutir alternativas para que o pagamento seja realizado. Segundo a delegada regional do Sindicato dos Agentes de Saúde do Paraná, Márcia Kitano, a Justiça poderá solicitar a regularização da situação, em uma reunião de conciliação que ainda não tem data para acontecer.

De acordo com ela, os agentes de endemias que paralisaram as atividades na terça-feira (10) voltaram ao trabalho nesta manhã. Seis equipes, aproximadamente 70 profissionais, cruzaram os braços em protesto.

Os funcionários do Ciap prometem realizar um protesto, às 14h desta tarde, na Concha Acústica, região central.

Imbróglio

Na segunda-feira (9), a Prefeitura decidiu depositar em juízo aproximadamente R$ 2 milhões, valor mensal do repasse do convênio que mantém com o Ciap, entidade suspeita de um desvio milionário de recursos públicos. A medida foi tomada porque a prestação de contas de julho apresentou “falhas”.

O argumento da prefeitura é que o depósito em juízo segue recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que sugere o “repasse dos recursos conveniados com o Ciap mediante a apresentação, em dia, das contas da entidade”. Cito afirmou que esta foi a primeira vez que houve irregularidades na prestação de contas do Ciap.

Na terça-feira (10), o secretário de Gestão Pública, Marco Cito, prometeu a substituição do Ciap em um prazo de 60 dias. Para o Samu e o Programa Saúde da Família, o município abrirá processos licitatórios. Já para endemias e a Policlínica a contratação dos trabalhadores ocorrerá por meio de teste seletivo. Esta foi a forma encontrada para a ruptura dos quatro contratos que, atualmente, são gerenciados pelo Ciap, e que somam R$ 47 milhões.

Fonte: Jornal de Londrina