Médicos-residentes se reúnem para decidir se mantêm indicativo de greve


Houve protesto em Cascavel. Residentes do Hospital Universitário paralisaram as atividades por aproximadamente uma hora e exibiram faixas de protesto

Os médicos-residentes de Curitiba realizaram uma assembleia na noite desta quarta-feira (18) para decidir a adesão ou não à greve. Mas até as 23h, não foi confirmado o resultado da reunião.

A principal reivindicação dos médicos-residentes é o reajuste de 38,7% no valor da bolsa-auxílio que passaria de R$ 1.916 para cerca de R$ 2,7 mil. Eles também pedem o pagamento de um 13º salário e a ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses.

O responsável pela Associação dos Médicos-Residentes do Hospital Evangélico, Murilo Murata afirmou que, em reunião prévia, os residentes do Evangélico já optaram por paralisar as atividades.

Os hospitais que têm mais médicos-residentes na capital são o Hospital de Clínicas, com 276, o Evangélico, com 151, e o Cajuru, com 111.


Na noite de segunda-feira (16), o governo federal ofereceu um reajuste de 20% para a categoria e a instalação de um grupo de trabalho para discutir as reivindicações. Apesar disso, na terça-feira (17), aproximadamente 17 mil dos 22 mil médicos-residentes do Brasil entraram em greve. segundo a Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR). Foram suspensos atendimentos não emergenciais, como cirurgias eletivas e consultas clínicas em 15 estados.

Protestos

Houve protesto em Cascavel, no Oeste do estado. Residentes do Hospital Universitário paralisaram as atividades por aproximadamente uma hora e exibiram faixas de protesto. O atendimento aos pacientes não foi afetado. O HU tem 32 médicos-residentes. A médica Taciana Rymszam, que coordena o movimento na cidade, disse que os residentes estão avaliando a possibilidade de paralisar por completo as atividades.

Histórico

A última greve da categoria aconteceu em 2006, com adesão parcial. O governo, depois disso, chegou a ofertar um aumento de 30%, mas o ajuste não foi cumprido. Em abril deste ano, cerca de 60 médicos-residentes do Hospítal das Clínicas de Curitiba se reuniram na Boca Maldita para reclamar do balor da bolsa-auxílio – na época pediram ainda auxílio moradia e alimentação.

Fonte: Jornal de Londrina