Dia 29 de agosto: Dia de Combate ao Fumo


No dia nacional contra o cigarro, pneumologista do MedImagem Medicina Diagnóstica fala sobre os malefícios desse mau hábito e dá dicas para quem quer parar de fumar

Curiosidade, aceitação social e contato desde cedo com fumantes. Esses são apenas alguns dos inúmeros motivos que levam um jovem a colocar o primeiro cigarro na boca. Muitos fumantes entram nessa cortina de fumaça antes de completar a maioridade. Pesquisas mostram que o fumo é responsável por 30% das mortes ocasionadas por câncer, sendo 90% dos casos, o de pulmão. Além disso, o fumo está ligado à origem de tumores malignos em oito órgãos: boca, laringe, pâncreas, rins e bexiga, além do pulmão, colo do útero e esôfago.

A principal substância ativa encontrada naturalmente no tabaco – matéria prima que dá origem ao cigarro – é a nicotina, poderoso estimulante do sistema nervoso central. Com o início do consumo dessa substância, o cérebro exige quantidades cada vez maiores, e isso explica porque as pessoas se tornam viciadas na nicotina. Apenas na fumaça do cigarro existem mais de 4.770 substâncias tóxicas como nicotina, alcatrão, monóxido de carbono e até elementos radioativos como polônio 210 e cádmio, que também são encontrados nas baterias de carros.

“O tabagismo, doença caracterizada pelo vício ao cigarro, foi conceituado pelo Código Internacional de Doenças (CID) como sendo um grupo de transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas (drogas de atuação sobre o sistema nervoso central)”, explica o pneumologista do MedImagem Medicina Diagnóstica/ DASA,  Roberto Rodrigues Junior.

Os danos trazidos pelo cigarro são inúmeros. Após a tragada, a fumaça leva sete segundos para chegar ao cérebro e há aumento da frequência cardíaca e pressão arterial. Após três meses, o vício já está instalado e há a diminuição progressiva do olfato e paladar. Engana-se quem se acha capaz de parar de fumar quando quiser.

São várias as doenças associadas ao fumo. Entre as principais estão:

• CÂNCER: o fumo é responsável por 30% das mortes por câncer, e por 90% dos casos de câncer de pulmão.

• DOENÇAS CORONARIANAS: 25% dos casos de angina e infarto decorrem do fumo.

• DOENÇAS CEREBROVASCULARES: 25% dos casos de derrames cerebrais se associam ao fumo.

• DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS: em 85% dos casos, a doença está relacionada ao uso do cigarro.

Outras doenças como aneurismas arteriais, úlceras digestivas e infecções respiratórias estão também ligadas ao tabagismo. Para as mulheres, o fumo ainda pode afetar a fertilidade. Além disso, aumenta a possibilidade de parto prematuro ou abortamento e implica em menor crescimento do feto. O consumo de um a quatro cigarros por dia já é suficiente para que estas circunstâncias ocorram.

Em ex-fumantes, os riscos de doenças são reduzidos de 50 a 70%, mas não de imediato. Os malefícios acarretados pelo tabagismo demandam anos para serem revertidos.

Informações podem estimular o ex-fumante no processo de abandono do vício:

• Ao parar de fumar, em apenas 20 minutos seu pulso volta ao normal

• Após oito horas, o nível de oxigênio no sangue aumenta

• Em 24 horas, o pulmão fica mais limpo

• Depois de dois dias, o paladar e o olfato melhoram sensivelmente, além de a respiração e o nível de energia terem uma melhora considerável

• Depois de duas semanas a três meses, o sistema imunológico fica mais ativo

Fonte: Opinião e Notícia