Grupo de aproximadamente 40 profissionais protestou em frente a sedo do Ciap por falta do pagamento do vale transporte e ticket alimentação. Agentes aprovaram indicativo de greve nesta tarde
Um grupo de aproximadamente 40 agentes de endemias, que realizam o combate à dengue em Londrina, paralisaram os serviços na manhã desta segunda-feira (30). Os profissionais reclamam a falta de pagamento do vale transporte e do ticket alimentação. Reunião durante a tarde aprovou indicativo de greve a partir desta terça-feira (31). No início do mês, os agentes interromperam os trabalhos em razão dos salários atrasados.
Pela manhã, o grupo se concentrou em frente a sede do Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), entidade que gerencia o serviço e é suspeita de um desvio milionário de recursos públicos. Já durante a tarde, uma reunião definiu o indicativo de greve. "Se eles não pagarem até sexta, a gente para na sexta mesmo", afirmou.
Um agente, que pediu para não ser identificado por medo de retaliação, informou que os benefícios estão atrasados desde o dia 11 de agosto. Ele disse que o vale transporte, por exemplo, foi descontado dos trabalhadores, mas a empresa não pagou as passagens. Temos que usar dinheiro nosso para ir trabalhar, afirmou.
Os trabalhadores também reclamam da falta de pagamento do ticket alimentação de R$ 7,50 por dia. A situação está complicada, revelou.
A Prefeitura de Londrina informou, por meio da assessoria, que o pagamento de todos os benefícios foi depositado em uma conta judicial. De acordo com a assessoria, o Ciap ainda não apresentou os documentos necessários da prestação de contas, por isso, os valores não foram liberados pela Justiça.
A reportagem ligou, por volta das 12h10, para a sede do Ciap, mas ninguém atendeu às ligações.
Trabalhos prejudicados
O coordenador de Endemias da Secretaria de Saúde, Elson Belisário, informou que algumas equipes não aderiram ao protesto e trabalharam normalmente nesta manhã. Contudo, ele afirmou que um agente parado prejudica os trabalhos de combate à dengue. Não temos o número exato de quantos agentes pararam, mas a falta de um já atrapalha, pois são visitas a residências que deixam de ser realizadas, explicou.
Fonte: Jornal de Londrina