Policlínicas de Londrina têm destino incerto


Comissão estuda alternativas para continuidade do serviço, terceirizado pelo Ciap

É incerto o destino da Políclinicas de Londrina com o rompimento do contrato do Centro Integrado e Apoio Profissional (Ciap) pela Prefeitura. Uma comissão de técnicos da Saúde foi formada para buscar uma alternativa para a continuidade da prestação deste serviço. No início desta semana, o secretário de Gestão Pública, Marco Cito anunciou que o serviço seria municipalizado, no entanto, segundo o secretário da Saúde, Agajan Der Bedrossian, esta é apenas uma das possibilidades.

De acordo com ele, “a única certeza é de que haverá mudanças”. Entre as alternativas em estudo estão a possibilidade de parcerias, terceirização e a municipalização. “Cogitamos inclusive parcerias com Hospital de Clínicas (UEL) e Cismepar”, disse. Nestes casos, segundo Der Bedrossian, a administração seria feita pela Prefeitura e pelo parceiro. “Mas rigorosamente, ainda não temos uma decisão. Acredito que em 10 a 15 dias teremos”, disse. O secretário disse que a comissão estuda ainda a possibilidade de descentralização do serviço. “Ainda não sabemos de que forma vai funcionar, se vai ser feita, mas é uma possibilidade.”

Sobre o destino dos funcionários, o secretário disse que independente da solução encontrada (parcerias, municipalização, terceirização) será realizado teste seletivo. “Legalmente não podemos, simplesmente, absorver esses profissionais”, afirmou. Apesar de tantas incertezas, o secretário garante que a população não ficará sem o atendimento. “Vamos fazer as mudanças e para melhor. A população não vai ficar sem o serviço.”

A Políclinica está em funcionamento há seis anos. Hoje, segundo a coordenadora, enfermeira Andreza Alves dos Santos, o clima é bastante tenso. Dos 44 funcionários (médicos, enfermeiras, auxiliares de enfermagem, serviços gerais e administrativo), 38 contratados pelo Ciap, não sabem qual será o destino deles. “O que sabemos é que a Políclinicas passará para o Cismepar”, disse. O secretário Der Bedrossian, não chegou a descartar totalmente essa possibilidade, mas ressaltou que ainda não há nada definido.

A Policlínica oferece 14 especialidades e atende, em média, 2.500 pessoas por mês. A média de espera por atendimento é de três meses. De acordo com o secretário de Gestão Pública, Marco Cito, os contratos com o Ciap, que presta ainda os serviços de Controle de Endemias (Dengue), Programa de Saúde da Família (PSF) e Samu, estarão rompidos a partir de 1º de novembro. “Até meados de outubro teremos que ter uma solução para todos os serviços”, disse.

Fonte: Jornal de Londrina