Prefeito anunciou exoneração em entrevista coletiva na tarde de ontem. Motivos foram possÃveis irregularidades no treinamento da Guarda Municipal
O prefeito Barbosa Neto (PDT) disse, em entrevista coletiva, que o que justificou a saÃda de Zanlorenci foi a assinatura dele e de outros servidores na contratação do curso. “Se não adotasse essa postura, estaria errando”, disse o prefeito. Barbosa elogiou o currÃculo do secretário exonerado e ex-chefe da Guarda Municipal e disse esperar que as denúncias não manchem o trabalho realizado até agora pela Guarda.
Segundo o secretário de Gestão Pública, Marco Cito, o relatório apontou para falhas na execução do curso de capacitação dos guardas municipais. As 66 horas de tiro pagas a uma empresa do Mato Grosso, contratada para ministrar o treinamento, não foram realizadas. Cito informou que a empresa recebeu R$ 39 mil por este curso, mais despesas com material didático, que não foi fornecido a Guarda.
O secretário informou que o MunicÃpio vai abrir sindicância contra servidores – entre eles, o ex-secretário de Defesa Social - que assinaram documentos referentes à realização do curso, como se ele tivesse sido ministrado. Além disso, o relatório indicou o pedido de ressarcimento do valor, pela empresa contratada, aos cofres públicos. Cito afirmou que a empresa será declarada como inidônea para licitações no poder público.
Em relação ao ticket alimentação, o relatório apontou, segundo Cito, desvio de finalidade. “O processo licitatório do ticket foi normal e correto, mas há denúncia de que ele não teria chegado aos guardas. Isso só será apurado em sindicância”, explicou o secretário.
“Estamos encaminhando toda a documentação ao Tribunal de Contas (TC), Câmara, Ministério Público (MP) e Procuradoria para tomar todas as providências apontadas pelo relatório”, disse o prefeito Barbosa Neto. Ele não adiantou um novo nome para assumir a pasta de Defesa Social e a chefia da Guarda Municipal. “Colocaremos alguém que conheça profundamente a Guarda”, resumiu.
Sobre a possÃvel abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), que deverá ser votada pelos vereadores nesta terça-feira (23), Barbosa deixou a decisão por conta da Câmara. Ele afirmou que cumpriu sua obrigação de forma transparente e ágil. “Acreditamos na responsabilidade da Câmara, na inteligência dos vereadores. Se tivesse qualquer ação por parte do prefeito se justificaria a abertura de uma CEI”, afirmou.
Denúncia
De acordo com a denúncia do vereador Joel Garcia (sem partido), entre as irregularidades da Guarda Municipal está o suposto pagamento de R$ 303 mil para uma empresa do Mato Grosso ministrar o treinamento, mas quem teria ficado à frente do curso foi a PolÃcia Militar. O Ministério Público (MP) também abriu um processo para investigar o caso.
Fonte: Jornal de Londrina