Gálatas e Instituto Atlântico vão assumir serviços gerenciados pelo Ciap


Anúncio foi feito pelo secretário municipal de Saúde, Agajan Der Bedrossian, na tarde desta quarta-feira

As empresas Gálatas e Instituto Atlântico vão assumir os serviços de saúde que eram gerenciados pelo Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), entidade suspeita de desviar R$ 300 milhões em recursos públicos. O anúncio foi feito por volta das 19h10 desta quarta-feira (8) pelo secretário municipal de Saúde de Londrina, Agajan Der Bedrossian, em entrevista coletiva à imprensa.

Segundo ele, o Instituto Atlântico ficará responsável pelo Samu, Central de Regulação, Internação Domiciliar e Policlínica. O contrato assinado entre Prefeitura e a empresa foi de cerca de R$ 800 mil.

Os outros quatro serviços - do Programa Saúde da Família (PSF) - ficaram sob os cuidados do Gálatas, num contrato no valor de aproximadamente R$ 1,3 milhão. Os dois contratos são emergenciais e terão duração de seis meses.

Bedrossian contou que do total de nove empresas interessadas em assumir os serviços, as duas escolhidas apresentaram um dos preços mais baixos. Segundo ele, a HUTEC e a Santa Casa de Londrina, que também apresentaram propostas, seriam opções da secretaria, mas os valores oferecidos estavam muito acima das possibilidades de pagamento pela Prefeitura. Ele afirmou que ambas as empresas contratadas possuem experiência de gestão.

Segundo o secretário, a escolha das duas empresas contou com a participação de uma comissão composta por sete membros designados pelo Conselho Municipal de Saúde. “Foi um processo transparente”, garantiu.

Questionado sobre o anúncio das novas empresas ter sido feito quando o contrato com o Ciap já havia encerrado, Berdrossian justificou que o processo é burocrático e vem se arrastando há algum tempo. “O rompimento é difícil”, disse. Ele garantiu que os serviços não serão prejudicados e que a reivindicação da secretaria é para que as novas empresas recontratem os funcionários que hoje realizam os serviços.

Com uma economia de R$ 187 mil - já que os novos contratos ficaram mais baratos que o do antigo, com o Ciap -, o secretário de Saúde informou que por mais que sobre dinheiro, sempre vai faltar recursos para a área. “O dinheiro será reinvestido nos mesmos programas”.

O presidente do Instituto Atlântico, Lucas Cavenaghi, disse que espera atender a população com os melhores profissionais possíveis. Segundo ele, a empresa possui certificação desde 2008. Ele confirmou que vai aproveitar os mesmos funcionários do Ciap. “Seria suicídio iniciar o trabalho sem esses profissionais”, comentou. Porém, ele ressaltou que a empresa fará uma avaliação do desempenho dos funcionários e aqueles que se enquadrarem nos objetivos do Instituto devem continuar nos serviços. Ele garantiu ainda que a empresa vai “prestar transparência em relação aos contratos”.

A diretora do Gálatas, Glaucia Chiararia, contou que a empresa já possui parcerias com outros municípios e atua há um ano. “Temos ‘know-how’ e profissionais capacitados”, garantiu. Ela é ex-funcionária do Ciap. A atual representante do Galátas contou que se desligou da entidade, onde trabalhava como gerente de projetos, em 2005. Para ela, essa ligação com o Ciap não vai interferir em nada no trabalho pela nova empresa. “Pelo contrário, é mais bagagem, mais conhecimento”. A diretora afirmou que a prestação de contas da empresa será mensal e transparente.

Fonte: Jornal de Londrina