Brasil é o país que menos cresceu no Mercosul


Entre todas as moedas da região, o Real foi a que obteve a maior valorização, registrando 13,6% nos primeiros nove meses de 2010

A Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) divulgou, nesta segunda-feira, 13, que o Brasil será o país do Mercosul que registrará menor crescimento econômico em 2010.

A região crescerá, em conjunto, 6% em 2010 e no próximo ano deve obter uma média de crescimento de 4,2%. Os resultados da região neste ano são fruto da recuperação da retração econômica conjunta de 1,9% em 2009.

A expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2010 será de 7,7%, o menor crescimento dentre os países do bloco. O Paraguai crescerá 9,7%, o Uruguai, 9%, e a Argentina, 8,4%. Além disso, o Brasil também foi superado pelo Peru, que crescerá 8,6%.

Retração e previsões para 2011

Os países que tiveram as maiores retrações este ano foram Haiti e Venezuela, respectivamente, com (-7%) e (-1,6%).

A previsão é de que em 2011, Peru e Chile tenham o maior crescimento econômico da América do Sul, com 6%. O Brasil deve obter um índice de 4,6% em 2011, ficando atrás de Uruguai (5%) e Argentina (4,8%).

Entre todas as moedas da região, o Real foi a que obteve a maior valorização, registrando 13,6% nos primeiros nove meses de 2010.

A Inflação

O principal problema para a América Latina e o Caribe é a inflação, que saltou de 4,7% no ano passado para estimados 6,2% em 2010. “O ritmo (inflacionário) começou a aumentar, de forma geral, nos países devido ao incremento dos preços internacionais dos alimentos (especialmente cereais, carne e açúcar) e dos combustíveis”, de acordo com trecho do Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2010 e Perspectivas para 2011.

“Em síntese, pode-se afirmar que, do ponto de vista macroeconômico, o desafio da região será reconstruir sua capacidade de ações contracíclicas e continuar criando condições para o desenvolvimento produtivo que não seja baseado na exportação de bens básicos”, informa a conclusão do documento.

Fonte: Opinião e Notícia