Funcionários da Proforte param pedindo melhores condições de trabalho


Sindicato da categoria afirma que empresa não quer formalizar eleições da Cipa para evitar estabilidade de emprego. Os 150 funcionários prometem interromper as atividades por tempo indeterminado a partir de segunda se não houver negociação

Aproximadamente 150 funcionários da Proforte, especializada em transporte de valores, realizam, na manhã desta sexta-feira (17), uma paralisação de três horas em Londrina. Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Transporte de Valores e Escolta Armada do Paraná (Sindeesforte), a empresa não quer formalizar a eleição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) como forma de não garantir estabilidade no emprego.

O diretor do Sindeesforte Marcelo da Silva Pinheiro denunciou que os funcionários da Proforte trabalham sob forte pressão psicológica dos diretores da empresa. Ele afirmou que, na quinta-feira (16), a direção só liberou um funcionário para atendimento médico depois que familiares ameaçaram chamar a imprensa. “O mais impressionante é que, quando ele chegou em casa, após receber atendimento, já havia uma carta de demissão”, contou.

Pinheiro afirmou que os funcionários já registraram no Ministério do Trabalho a chapa para a eleição da Cipa. Segundo ele, a justificativa para a não realização das eleições é a data base da categoria, que é o mês de março. “Como não pode haver demissão 30 dias antes e depois da data base, a direção demite muitos funcionários em janeiro, como uma forma de pressionar a categoria e impedir qualquer tipo de reivindicação. Como a Cipa dá estabilidade aos funcionários, a Proforte quer impedir isso”, afirmou.

O diretor do sindicato também informou que, se não houver negociação, a categoria promete interromper as atividades a partir da segunda-feira (20). Como a Proforte é responsável por 85% do transporte de valores de Londrina, Pinheiro ressaltou que se houver a paralisação o fornecimento de dinheiro aos bancos pode ser prejudicado.

Fonte: Jornal de Londrina