Sindicato ganha ação na Justiça e secretaria terá que rever resultado do PSS


Decisão publicada pelo Tribunal de Justiça no final da tarde desta quarta-feira indica que a Secretaria de Educação terá de divulgar nova classificação dos candidatos

O Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado do Paraná (APP Sindicato) ganhou liminar do mandado de segurança que havia impetrado na última semana. O grupo questionava a classificação dos professores que se submeteram ao Processo Seletivo Simplificado (PSS) para ministrar aulas na rede estadual de ensino. O resultado do concurso, publicado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) no dia 17 de janeiro, foi questionado pelos professores. O erro, de acordo com os professores, seria sobre o sistema de inscrição, que não computou informações referentes à habilitação, tempo de serviço e especialização dos concorrentes.

A decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), publicada no final da tarde desta quarta-feira (2), por meio do desembargador Abraham Lincoln Calixto, indica que a Seed deverá determinar um “prazo para regularização das inscrições dos candidatos no certame e, após, divulgue nova classificação dos candidatos do certame, discriminando a pontuação final de cada um”, aponta o documento. A Seed terá, no máximo, dez dias para informar a Justiça sobre as medidas tomadas.

Na tarde desta quarta-feira (2), um grupo de professores da área metropolitana norte foi até a sede da secretaria para protestar por mudanças nos resultados. “Não foi uma mobilização planejada, mas alguns professores que estavam indignados, resolveram ir até a secretaria”, conta a presidente da APP Sindicato, Marley Fernandes. De acordo com ela, na quinta-feira (3), um grupo de representantes da APP vai conversar com a direção da Seed para debater o que será feito com relação ao resultado do PSS. Marley estima que a falhas no sistema de inscrição e de classificação do PSS podem ter afetado mais de 10 mil professores.

No último sábado (29), quando o sindicato iniciou a ação judicial, a Seed alegou que apenas em 14 inscrições a Companhia de Informática do Paraná (Celepar) detectou erros de sistema, e que as pessoas prejudicadas seriam reclassificadas. A secretaria argumentou ainda que podem ter acontecido erros na hora do preenchimento da inscrição, por parte dos docentes.

Fonte: Jornal de Londrina