Professores contratados pelo PSS ainda são distribuídos por escolas no 1º dia do ano letivo


De acordo com a Seed, liminares contra o processo de seleção impediram que os docentes fossem alocados com antecedência

Professores que foram contratados pelo Processo de Seleção Simplificada (PSS) passaram parte desta terça-feira (8), primeiro dia de aula do ano letivo da rede estadual, nos núcleos regionais de educação para apresentar documentos e descobrir em que escolas trabalhariam. Em Curitiba, houve tumulto na sede do núcleo e alguns professores passaram mais de três horas na fila. Enquanto os docentes tentavam resolver esses problemas, algumas escolas do estado foram afetadas com a falta de professores.

Segundo o diretor geral da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Jorge Wekerlin, as liminares contra o PSS prejudicaram o trabalho da secretaria para alocação dos professores. “A intenção foi de que se começasse o ano letivo com todos os professores em sala de aula. Alguns lugares tiveram problemas, mas na maioria transcorreu normalmente. Hoje, os professores convocados se dirigiram ao núcleo para a distribuição nas escolas que ainda necessitam de professores”, explica.

Os professores ficaram insatisfeitos com a situação. “Infelizmente, é um descaso com o professor. O Estado diz que busca valorizar os professores. Deste jeito? Parece que estamos sendo rifados hoje”, afirmou o professor de História Nilton Torquato, enquanto perdia uma tarde inteira que deveria ser dedicada para preparar aulas.

Werkelin diz que a secretaria vai trabalhar para sanar esses problemas. “Não é possível que o estado não tenha planejamento. Esse ano tem que ser definida a estrutura para o próximo ano letivo, para sair de férias com tranquilidade. O que não pode ser feito é continuar do jeito que estava”, diz. No entanto, a expectativa é de que na quarta-feira (9) as aulas continuem sendo distribuídas aos professores.


Início atrapalhado

A Seed não fez um balanço de quantas escolas foram afetadas pela ausência de professores contratados por meio do PSS. A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com dez escolas da capital e quatro tiveram problemas, entre elas a Escola Estadual Anibal Khury Neto, no Uberaba. Na escola, dos 75 professores, 25 são oriundos do PSS e não foram trabalhar nesta terça. A escola tem 1.500 alunos em quatro turnos: manhã, noite e dois turnos intermediários, manhã/tarde e tarde/noite.

O Sindicato da Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) também não tinha um balanço de quantas escolas tiveram problemas. Segundo a presidente do sindicato, Marlei Fernandes de Carvalho, em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, os diretores haviam suspendido as aulas em algumas escolas por causa da falta de professores. Em Curitiba, os problemas seriam mais pontuais e relacionados à distribuição de vagas.

Fonte: Jornal de londrina