Crise da saúde acaba em 60 dias, diz prefeito


O prefeito de Londrina, Barbosa Neto, defendeu nesta quinta-feira (17), durante a coletiva semanal, as ações que a prefeitura vem fazendo para reduzir a crise na saúde e afirmou que, em 60 dias, todos os problemas de falta de médicos e profissionais nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), PAI e PAM estarão resolvidos.

Segundo ele, a prefeitura vai chamar profissionais – enfermeiros, auxiliares de enfermagem e auxiliares administrativos – remanescentes de concursos públicos já realizados para assumirem postos. “Só estamos dependendo da autorização da Câmara Municipal para chamá-los”.

Barbosa disse também que espera, nesta sexta-feira (18), terminar o projeto de incentivo aos médicos plantonistas, que está sendo desenvolvido para dar uma condição melhor e incentivo financeiro aos profissionais.

Além disto, há o projeto de contratação das clínicas médicas para fazer o atendimento aos usuários, enquanto o Município não consegue contratar mais médicos. “E não são aqueles cálculos que foram mostrados pela imprensa. Não existe esta questão de R$ 502 por hora. Estamos fazendo os cálculos e, inclusive, a comparação que foi feita é com salário de médico em início de carreira. Hoje, a prefeitura de Londrina paga mais que até empresas particulares e outras cooperativas médicas”, afirmou.

Para Barbosa, as pessoas teriam direito de protestar se o Município não estivesse agindo. “O protesto apenas pelo protesto não adianta”, disse. Segundo ele, a falta de profissionais médicos é um problema de todo Brasil. “A necessidade é muito grande. Nós temos uma única universidade que forma profissionais de Medicina, precisaríamos ter mais”, afirmou.

Segundo ele, a previsão inicial era que, até o dia 27, as clínicas estivessem trabalhando, porém, por causa de demoras na licitação, um novo prazo ainda não está definido. “Mas em 60 dias estará tudo resolvido”, garantiu.

Merenda

Barbosa Neto reconheceu que ainda não está tudo adequado na merenda escolar. Segundo ele, a Prefeitura sabe que ainda há falta de hortifruti e de carne em algumas escolas. “Mas também há diretores que querem jogar lenha na fogueira. Talvez não tenha carne todo dia, mas tem sempre carne na mesa do trabalhador? Pode não ter carne, mas têm outros gêneros e há possibilidade de fazer comida adequada”, afirmou.

Segundo ele, 98% da população aprova a merenda escolar em Londrina. “É uma merenda balanceada, aprovada, cujo processo de licitação acabou com a corrupção. Mas, desta vez, tivemos um problema com uma empresa que agiu de forma malandra, que tentou dar um golpe na Prefeitura e nós não aceitamos este tipo de situação”, disse. Segundo ele, a empresa teve o contrato rompido, foi multada em R$ 400 mil e ficará impedida de participar de novas licitações por dois anos. Barbosa disse que, até a próxima terça-feira, tudo estará resolvido.

Fonte: Jornal de Londrina