Em meio à crise da Saúde com epidemia de dengue e falta de médicos nos postos, uma reunião com mais de 40 entidades foi realizada na manhã de ontem, na Câmara dos Vereadores, mas a Prefeitura não enviou representante.

 

“Nunca presenciei numa situação de crise como essa, o gestor municipal se ausentar da discussão com a comunidade”, disse o promotor Paulo Tavares, presente na reunião.

Além do Ministério Público, participaram, representantes da 17ª Regional da Saúde, dos hospitais, de deputados, e da Associação Médica de Londrina, entre outras entidades. “É uma pena que esteja havendo um isolamento do gestor municipal na discussão com a comunidade”, afirmou o promotor. Ele salientou que o êxito da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) depende desta integração do poder público, com os prestadores do serviço e a comunidade.

Comitês

A vereadora Lenir de Assis também lamentou a ausência da secretária de Saúde do Município na reunião de ontem. Segundo ela, foram tiradas 25 propostas de ação para enfrentar a crise na Saúde. Entre elas, a criação de dois comitês – um emergencial para a dengue e outro para a crise geral da Saúde – e a reativação do comitê de urgência e emergência que define o fluxo de atendimento do Samu e do Siate. O comitê da crise geral da Saúde irá, entre outras ações, acompanhar o orçamento para a área. “Queremos saber quanto é destinado para a Saúde e como esse recurso está sendo aplicado”, disse a vereadora.

Na coletiva de ontem à tarde, a secretária Ana Olympia justificou a ausência da Prefeitura na reunião da Câmara. “Recebemos esse convite na sexta-feira à tarde quando já estávamos com uma agenda bastante cheia para segunda-feira, principalmente com o pacote emergencial em relação à saúde e à dengue e já havíamos solicitado também um espaço, para amanhã [hoje] na Câmara para falar sobre esse assunto”, disse.

Fonte: Jornal de Londrina