Gaeco conclui inquérito e vereador e advogado são indiciados por extorsão


O delegado Alan Flore, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), enviou ontem para o Fórum, o inquérito policial que apura a denúncia de que o vereador Joel Garcia (PTN) e seu advogado, Alexandre Aquino, teriam extorquido o prefeito Barbosa Neto (PDT). Flore indiciou vereador e advogado. No entendimento do delegado, os dois tentaram cobrar um cargo de Barbosa – a presidência da Sercomtel – em troca de Garcia parar com os ataques ao pedetista, de quem já foi líder na Câmara.

De acordo com o delegado do Gaeco, o inquérito passa novamente pela distribuição, no Fórum, antes de ser encaminhado ao Ministério Público, para a eventual propositura de ação. Flore explicou que o inquérito foi encaminhado para o Fórum antes do Ministério Público porque “já existem medidas judiciais [no inquérito]”. As medidas foram autorizadas pela 4ª Vara Criminal.

O vereador nega a acusação. O advogado não foi ouvido no inquérito por ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que o deixou hospitalizado por semanas. Não foi chamado a depor porque teria ficado com sequelas. A família dele não autorizou a Santa Casa, onde o advogado esteve internado, a dar informações sobre o seu estado de saúde.
“Não havia previsão de depoimento [de Aquino]”, explicou Flore, sobre o fato de não ter encerrado o inquérito sem o depoimento do advogado, que foi qualificado indiretamente. “Ele será interrogado num eventual processo judicial”, completou. A qualificação individual é feita quando a pessoa indiciada não é encontrada ou não tem condições de ir à delegacia prestar depoimento.

Fonte: Jornal de Londrina