Manifestantes entregam documento que exige melhorias na saúde em Londrina


Cerca de 400 moradores e representantes de associações de moradores da zona oeste de Londrina e outras regiões do município, realizaram uma manifestação, na tarde desta terça-feira (22) na Câmara Municipal e na prefeitura. Eles entregaram um abaixo-assinado para o municípío e outro para os vereadores, com 8.365 assinaturas, reivindicando que a saúde volte a ter atendimento de qualidade para a população.

Liderados pelos representantes dos moradores da zona oeste, padre Jaime Alonso e Juvira Cordeiro, eles queriam entregar o abaixo-assinado em mãos para o prefeito Barbosa Neto, mas este, segundo informações da prefeitura, estaria viajando. "Fomos recebidos pelo secretário de Gestão Pública, Marco Cito, e pela secretária de Saúde, Ana Olympia Dornellas. Eles receberam o documento, disseram que vão analisar o conteúdo e, posteriormente, marcar uma visita à unidade do Jardim Leonor", afirmou Juvira.

Ela informou que o objetivo era apresentar este documento ao prefeito."Estamos exigindo o reestabelecimento dos postos de saúde de todo o município, não só do Leonor, onde há falta de médicos pediatras e ginecologistas. Como não conseguimos ser atendidos plenamente, fomos até a Câmara solicitar o apoio dos vereadores nesta reivindicação", salientou.

Em fevereiro houve várias mobilizações dos moradores da região, exigindo melhor atendimento nos postos de saúde e a contratação de médicos para a unidade. E, durante a coleta de assinaturas, houve a retirada de faixas por agentes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), alegando que estavam fazendo propaganda irregular, indo em desacordo com o que preconiza a lei do Cidade Limpa, voltado para fachadas de empresas na cidade.

Para Juvira, o pacotão de saúde - cinco medidas elaboradas pela prefeitura e aprovada pelos vereadores - não vai resolver os problemas que a população está passando no setor. "A demanda dos médicos que serão contratadas no final de abril, por exemplo, é urgente. Não dá para ficar esperando mais tempo. Essas demandas não atendidas já passaram do período para que o município resolvesse", desabafou.

Após serem recebidos por Marco Cito, os manifestantes foram até a Câmara Municipal e foram recepcionados pela vereadora Lenir de Assis (PT), que solicitou espaço para se manifestarem durante a sessão.

Em plenária, o padre Jaime Alonso foi duro na fala ao se manifestar sobre o papel dos políticos e, principalmente, ao cobrar atenção para o atendimento da saúde da população.

"O povo se organiza porque está sofrendo na carne a questão da saúde no Jardim Leonor. Mas não é só ali. É em toda Londrina. O posto do Leonor é referência municipal e necessita ter a atenção que o seu porte merece", afirmou.

Ele também soltou farpas ao papel dos políticos, dizendo que infelizmente a política se torna uma forma de ganância e que se faz tantos conchavos e promessas falsas, ao citar que essa questão é geral à classe política.

Durante a reunião eles também exigiram o apoio dos vereadores para que promessas de campanha, como a construção de um hospital na zona oeste - única região a não ser atendida por hospital no município -, seja cumprida.

A vereadora Sandra Graça se manifestou favorável aos manifestantes, que tiveram o apoio de outros vereadores. "Da mesma forma como o prefeito nos exigiu urgência para analisarmos os projetos da saúde que ele protocolou aqui, agora devemos nós ir até a prefeitura e exigir saúde para Londrina em 24 horas", afirmou.

Ao final do tempo destinado aos manifestantes, ficou acertado que, assim que o prefeito Barbosa Neto voltar a Londrina, todos os vereadores e lideranças comunitárias vão até a prefeitura para exigir providências para a saúde.

Fonte: londrina.odiario.com