Barbosa Neto se esquiva e culpa administrações anteriores em Londrina


O descrédito da população em prazos para a solução da crise na saúde foi o tema das declarações do prefeito de Londrina Barbosa Neto, na manhã desta quinta-feira (24). A licitação que contrataria plantonistas de pediatria, ginecologia e obstetrícia para as unidades básicas foi cancelada, nesta quarta-feira (23), por problemas com uma das empresas concorrentes.

Também nesta quarta-feira (23), mães que esperavam há horas por consultas no Pronto-Atendimento Infantil (PAI) fecharam a rua Benjamin Constant para protestar. Barbosa Neto afirmou que demora na resolução da crise vai se arrastar por mais algum tempo por culpa das empresas que se inscreveram no pregão para plantonistas.

"Quando se fala em um contrato que envolve milhões, as empresas lançam mão de todos os artifícios para ganhar. Nós fizemos o edital e, infelizmente, houve problemas que fogem à vontade do município. O problema vai ser adiado por mais dez dias", comentou.

O prefeito responsabilizou os governos anteriores pela crise que a saúde de Londrina passa atualmente. "Vários problemas não foram mostrados nas outras administrações quando a crise era até maior, quando em 2006, Londrina teve mais de 15 mil casos confirmados de dengue. Isso é cíclico e acusar o prefeito é um discurso fácil", afirmou Barbosa Neto, que está no cargo desde maio de 2009.

Barbosa Neto comentou que não vai trabalhar com ações imediatas que podem gerar processos, como o que aconteceu pela contratação do Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), que teria desviado cerca de R$ 300 milhões em cinco anos, durante a prestação de serviços para a saúde.

A licitação cancelada nesta quarta-feira deveria resolver um dos maiores problemas da saúde: a falta de plantonistas nas unidades básicas. Com o cancelamento, os novos profissionais só devem chegar no final de abril. Enquanto isso, a população deve continuar enfrentando filas e superlotação para ser atendida.

Nesta terça-feira, os moradores do Jardim Leonor entregaram um abaixo-assinado com mais de oito mil nomes na Câmara Municipal. O documento reivindica melhorias na saúde de toda a cidade. Os mesmos moradores participaram de uma reunião na tarde desta quarta-feira (23) de uma reunião com o prefeito e a secretária municipal de saúde, Ana Olympia Dornelas.

Eles deram o prazo de até 1º de abril para mudanças na saúde e prometem mais protestos se isso não acontecer.

Fonte: londrina.odiario.com