Professores de creche realizam assembleia neste sábado em Londrina


Os professores dos 65 Centros de Educação Infantil (CEIs) realizarão neste sábado (26), às 10h, uma assembleia na sede do Sindicato dos Professores de Londrina (Sinpro) para discutir os baixos salários da classe. Eles ameaçam entrar em greve caso não sejam repassados os 10% de recursos provenientes da prefeitura. O sindicato patronal apresentou à categoria um reajuste de 8%, mas os profissionais não aceitam a proposta.

A secretária municipal de Educação, Karin Sabec Vianna, diretores do sindicato patronal - Sindicato das Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional (Secraso) do Paraná e do Sinpro realizaram uma reunião na tarde desta sexta-feira (25) para discutir sobre uma possível paralisação dos servidores. No entanto, nenhuma negociação foi deferida, já que o sindicato patronal pretende manter o valor do repasse aos professores.

"Na realidade não podemos fazer nada, não podemos interferir nesse processo. Isso fica a cargo das CEIs e do sindicato", comentou Karin. A secretária considera que o município nada poderá fazer para que os professores não entrem em greve e disse ainda que as entidades filantrópicas poderiam realizar economias nas despesas administrativas para que os 10% fossem revertidos aos professores.

Já o presidente do Secraso, José Milton de Souza, se mostrou irredutível e afirmou que não haverá negociação. "O repasse será de 8%. Está havendo uma imposição. Isso é uso de chantagem", disse.

Apesar de saber que os profissionais realizarão neste sábado (26) uma assembleia para discutir os baixos salários da classe na sede do Sinpro, Souza informou que só na próxima segunda-feira (28) é que o sindicato se encontrará com a diretoria das CEIs. "Vamos ver quem é a favor ou não dessa greve. Até o Sinpro formalizar a paralisação vamos tentar fazer com que aceitem a condição", comentou.

Atualmente, os profissionais recebem R$ 547 por seis horas diárias de trabalho. Com o reajuste de 8% o valor do salário subirá para R$ 590. Atualmente a classe ganha apenas dois reais a mais do que o valor atual do sálário mínimo, que está em R$ 545. Se aprovada a greve, a paralisação deve ocorrer no primeiro dia de abril e cerca de 7.500 crianças ficarão desatendidas.

fonte: londrina.odiario.com