Jacks Dias se cala durante interrogatório no Gaeco de Londrina


O ex-secretário municipal de Gestão Pública e atual vereador de Londrina, Jacks Dias (PT), ficou em silêncio durante o interrogatório realizado nesta quarta-feira (6) pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Ele foi intimado a prestar esclarecimentos a respeito de uma investigação do contrato da prefeitura de Londrina com a empresa de segurança Centronic, quando ele era secretário municipal na administração do então prefeito Nedson Micheleti.

Jacks Dias é acusado de ter recebido pagamento de propina para que o contrato do município com a empresa Centronic fosse mantido pela administração municipal, em 2006. "O recebimento da comissão era mensal, que variavam entre R$ 4 mil a R$ 6 mil", comentou o delegado do Gaeco, Allan Flo

"Esta era a oportunidade que ele (vereador) tinha para apresentar a sua versão, mas preferiu não se pronunciar", declarou Flore. Ele informou que Jacks Dias não será chamado novamente e que o relatório final deve ser concluído na próxima semana.

O contrato foi assinado em 2006, quando o vereador era o secretário de Gestão Pública da prefeitura. Porém, a prefeitura de Curitiba teria declarado a Centronic como uma empresa inidônea um mês depois que o contrato foi firmado com o município de Londrina. "A informação só se tornou pública em 2009, o que explica a tentativa de manter o contrato e o recebimento das quantias indevidas", afirmou Flore.

O delegado contou que os donos da empresa confirmaram em depoimento que Dias solicitou propina. O ex-secretário e atual vereador, Jacks Dias, foi indiciado pelo crime de concussão - extorsão praticada por agente público.

O vereador foi procurado pela reportagem de odiario.com, mas não atendeu os telefonemas.

SP Alimentos

O vereador também é investigado, em outra ação, de ter realizado pagamentos indevidos à SP Alimentos, de 2006 a 2008. No mês de fevereiro os imóveis de Jacks Dias foram vistoriados durante uma operações do Gaeco.

Em março de 2009, o relatório de auditoria número 114 da Controladoria apontou que a prefeitura teria pago de forma indevida R$ 682.700,00 à empresa SP Alimentos pelo fornecimento de merenda escolar, no período de 2006 a dezembro de 2008.

Os crimes investigados são formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e crimes contra a administração pública.

Fonte: londrina.odiario.com