Guardas municipais de Londrina protestam por melhores condições de trabalho


Grupo se reuniu nesta manhã na sede da corporação e reivindicam também o porte de arma. Em menos de duas semanas, dois guardas foram presos por porte ilegal

Guardas municipais de Londrina realizaram um protesto, nesta manhã de quarta-feira (4), na sede da corporação, na região leste da cidade. Um guarda municipal, que pediu para não ser identificado, informou que o objetivo da manifestação foi reivindicar melhores condições de trabalho e o porte de armas.

Um dos motivos, que levaram um grupo de aproximadamente 100 guardas ao local, foi a prisão na terça-feira (3) de um integrante da corporação. Ele comprou uma pistola e foi preso pelo Polícia Militar. O guarda pagou fiança de R$ 380 e responderá o processo por porte ilegal em liberdade.

Outro integrante da guarda, que não quis se identificar, afirmou que os agentes de segurança já receberam várias ameaças. Ele disse que 20 boletins de ocorrências foram registrados por guardas municipais que teriam sido ameaçados.

O secretário de Defesa Social, Joaquim Antonio de Melo, não caracterizou a manifestação como um protesto e, sim, como uma reunião. Depois de se encontrar com o grupo, o secretário afirmou que o processo para o porte de arma ainda está sendo analisado pelo Exército. Um resultado deve sair nos próximos três meses.

De acordo com Melo, as armas serão destinadas para os guardas que trabalham em áreas consideradas de risco, como a área central, zona sul e norte. Ele explicou que serão necessários R$ 350 mil para a aquisição de 75 pistolas e 15 revólveres.

Dois casos

Em menos de duas semanas, dois guardas municipais foram flagrandos portando armas de forma irregular. No dia 28 de abril, depois de um dia de trabalho, um agente teria ido até o PAM, acompanhado de outro guarda municipal, para solicitar atendimento médico. Lá, foi orientado por uma enfermeira a retirar o colete do uniforme e a arma para ser atendido. Quando o agente colocou os pertences na cadeira, a arma disparou contra a própria panturrilha. Ele foi encaminhado ao Hospital Universitário (HU) e passa bem. Após o acidente, o outro guarda teria ocultado a arma.

Como o estatuto não prevê a expulsão, em casos como esses, a maior punição é suspensão por até 90 dias.

Fonte: Jornal de Londrina