Gaeco de Londrina prende 15 pessoas por desvio de recursos da saúde


O Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou uma operação na manhã desta terça-feira (10) que prendeu 15 pessoas, entre elas o procurador jurídico do município, Fidélis Canguçu. Segundo o delegado do Gaeco, Allan Flore, a ação cumpriu diversos mandados de prisão de pessoas que estariam envolvidas em desvio de verbas públicas na área da saúde.

Flore afirmou que o desvio era realizado por meio dos contratos com os Institutos Atlântico e Gálatas, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (oscips) que prestam serviços como Programa Saúde da Família, Samu e Policlínica.

As oscips estavam sendo investigadas pela Controladoria do Município, por irregularidades na execução dos contratos. Os Institutos Gálatas e Atlântico apareceram na mídia no último mês, quando foi feita a denúncia de que a Secretaria Municipal de Saúde não havia pago uma das parcelas dos contratos, o que estava provocando atraso nos salários dos funcionários.

À época, o diretor financeiro da secretaria, João Carlos Perez afirmou que a quarta parcela havia sido paga parcialmente por falhas na execução de serviços, como a falta de funcionários. O Instituto Gálatas havia recebido apenas R$ 125 mil de um valor total de R$ 1.364 milhão, já o Atlântico teria ganho pouco mais de 50% dos R$ 809 mil acordados.

Os diretores de ambas as oscips afirmaram que não havia falha na contratação de funcionários ou na execução de serviços. Os institutos recorreram contra a medida da secretaria do pagamento parcial e aguardavam resposta final da Controladoria do Município, que estava auditando a prestação de contas do Gálatas e Atlântico.

No dia 8 de junho, vencem os contratos entre secretaria e oscips e seria feito uma nova licitação para a contratação de empresas para prestação de serviços da saúde. 

Outra osicp, o Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap) - que prestava serviços de saúde para a prefeitura de Londrina - já havia provocado um escândalo ao desviar R$ 300 milhões dos cofres públicos.

Fonte: londrina.odiario.com