Gilberto Alves de Lima se apresenta ao Gaeco em Londrina


O 20º suspeito de envolvimento de desvio de verbas da saúde, Gilberto Alves de Lima, que teve a prisão temporária decretada na última segunda-feira (16), se apresentou na tarde desta terça-feira (17) ao Ministério Público (MP) de Londrina.

Lima se apresentou por volta das 15h45. Ele é companheiro de Marcos Ratto, conselheiro municipal de saúde, preso na última terça-feira (10) na Operação Antissepsia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

De acordo com o advogado de defesa de Lima, Petrônio Cardoso, o nome de seu cliente foi usado para o recebimento de três cheques de R$ 1.500 do instituto Gálatas. Os R$ 4.500 seriam destinadas a Marcos Ratto.

Conforme Cardoso, o fato não justifica a prisão de seu cliente. "Ele se apresentou justamente para esclarecer essa situação", contou. O advogado acredita que a prisão temporária não deve ser renovada.

Cardoso informou ainda que passa a assumir também a defesa do conselheiro de municipal de saúde, Marcos Ratto.

A investigação já prendeu outras 19 pessoas. Seis já foram liberadas por terem contribuído com a apuração: Bruno Valverde, Lucas Cavenaghi Modesto, Thiago César Marcelo e Admílson Antônio Monarim, todos do instituto Atlântico e Gláucia Chiararia e Sílvio Luz Rodrigues, do instituto Gálatas. Catorze pessoas continuam presas temporariamente, entre elas, o ex-procurador geral do município, Fidélis Canguçu.

O MP e o Gaeco investigam um possível esquema de corrupção, com uso de notas frias e pagamento de propinas a agentes públicos, o que teria sido orquestrado pelos institutos Atlântico e Gálatas, e também o pagamento de propinas a agentes públicos.

Exoneração

O Tribunal de Contas (TCE) anunciou na tarde desta terça-feira (17) a exoneração do funcionário Alessandro Martins, que foi preso na investigação do Ministério Público (MP) nesta manhã.

De acordo com nota divulgada pelo TCE, as informações obtidas junto ao MP apontam a comprovação da participação material do funcionário nas irregularidades. Segundo o MP, a participação se deu no âmbito de atuação privada do profissional e não no exercício de suas atribuições institucionais como servidor do TCE.

Alessandro Martins é filho do contador Flávio Martins, de Bandeirantes, e sobrinho do contador Antônio Carlos Martins, detidos no final da tarde de segunda-feira (16).

Sescap-Ldr e CRC Paraná

O Sindicato das Empresas de Serviços, Contabilidade e Auditoria de Londrina (Sescap-Ldr) e Conselho Regional de Contabilidade (CRC) do Paraná querem saber o porque os quatro contadores presos durante a Operação Antissepsia continuam detidos.

O presidente do Sescap-Ldr, Paulo Caetano de Souza, e o presidente do CRC PR, Maecelo Odetto Esquiante se reuniram nesta terça-feira (17) para discutir se os direitos dos contadores estão sendo respeitados, como cela especial para portadores de diploma universitário e alimentação adequada.

Souza criticou a continuidade da prisão, uma vez que que os próprios presidentes dos Institutos Atlântico e Galatas estão soltos. “Ora, se os presidentes que assinam todos os documentos e estão por dentro de todos os detalhes e são os responsáveis pelas oscips estão em liberdade não vejo motivo para que os contadores estejam presos”, disse Souza.

Fonte: londrina.odiario.com