Médicos de Londrina e região estudam interromper atendimento a planos de saúde


Os médicos de Londrina e região estudam aderir à paralisação do atendimento médico aos planos de saúde que ainda não aceitaram iniciar as negociações de reajuste do valor dos honorários. A diretoria do Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná deve se reunir na próxima segunda-feira (25) para definir uma assembleia sobre o assunto.

Segundo o presidente da entidade, José Luis de Oliveira Camargo, existe uma proposta de aderir a paralisação do atendimento eletivo. "Nós ainda estamos analisando a proposta, mas a tendência é aderir", comentou.

Em São Paulo a mobilização já foi anunciada e deve ocorrer a partir de 1º de setembro. Segundo Camargo, ainda há tempo para aderir ao movimento. "Até lá temos tempo para conversarmos com calma e analisarmos a realidade da nossa região", avaliou.

Os médicos ginecologistas e obstetras de São Paulo devem interromper o atendimento eletivo entre os dias 1º e 3 de setembro. Já os otorrinolaringologistas param de 8 a 10 do mesmo mês e os pediatras entre os dias 14 e 16. Pneumologistas param de 21 a 23 e cirurgiões plásticos entre os dias 28 e 30 de setembro.

Urgências e emergências serão garantidas. Os anestesiologistas também deverão parar suas atividades, conforme as áreas que estiverem realizando o rodízio.

No dia 7 de abril deste ano, cerca de 80% médicos aderiram a uma mobilização nacional por conta das negociações com as operadoras de planos de saúde. À época, os atendimentos eletivos foram suspensos, mas os de urgência e emergência foram mantidos.

Em uma carta aberta encaminhada à população em abril, a Associação Médica Brasileira, a Federação Nacional dos Médicos e o Conselho Federal de Medicina argumentavam que os contratos entre as operadoras e os médicos eram irregulares e estariam em desacordo com as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Fonte: londrina.odiario.com